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Hizbollah chama protestos contra vídeo

Hassan Nasrallah, do grupo libanês que combate Israel, convocou manifestações de uma semana por filme anti-islã

Revoltas prosseguiram em países de maioria muçulmana; há relatos de violência no Paquistão e Indonésia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os protestos contra o filme anti-islâmico "Inocência dos Muçulmanos" motivaram uma rara aparição em público do líder do grupo xiita Hizbollah, Hassan Nasrallah.

O líder discursou para dezenas de milhares de manifestantes no Líbano, declarando que o mundo precisava saber que os islâmicos "não ficariam em silêncio frente a esse insulto".

Em sua fala, televisionada pela rede Al Manar, pertencente ao grupo anti-Israel, Nasrallah convocou uma semana de protestos contra o vídeo. Segundo ele, é pior que o romance "Os Versos Satânicos", de Salman Rushdie, e que as charges de Maomé publicadas em um jornal dinamarqueses em 2005.

Ambos os casos também desencadearam ondas de revoltas contra o Ocidente.

O líder libanês evita aparições públicas desde o confronto com Israel, em 2006.

Apesar disso, a manifestação no Líbano ocorreu pacificamente, ao contrário de outras que também foram registradas ontem no mundo árabe e em outros países de maioria muçulmana.

No Paquistão, a polícia usou gás lacrimogêneo e deu tiros para o alto para conter uma manifestação em frente ao consulado norte-americano em Karachi, a maior cidade do país.

Um grupo de 30 estudantes foi preso e uma outra grande passeata em Wari deixou um morto. Os eventos motivaram o premiê paquistanês, Raja Pervez, a ordenar o bloqueio ao site YouTube no país, onde trechos do filme estão hospedados.

Nos Emirados Árabes Unidos, a agência reguladora de telecomunicações também afirmou ter suspendido o acesso ao vídeo.

No Afeganistão, centenas de pessoas foram às ruas de Cabul, ateando fogo a pneus e a um carro nas proximidades de uma base militar norte-americana.

Apesar de muitos portarem armas, não há registro de feridos por armas de fogo -apesar de policiais terem sido atingidos, sem gravidade por pedras.

A Indonésia também registrou ontem as primeiras reações violentas ao caso. Onze policiais foram hospitalizados enquanto protegiam a embaixada dos EUA em Jacarta de manifestantes.

FUGA

Na Tunísia, um líder salafista (ala radical de religiosos), acusado de ter incitado demonstrações violentas na semana passada, conseguiu escapar de uma mesquita cercada pela polícia, onde ele se encontrava refugiado.

Na última sexta, a embaixada americana em Túnis teve sua bandeira retirada e substituída pela islâmica em meio aos protestos. Edifícios também foram depredados.

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