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Troca de acusações permeia a reta final

DA ENVIADA A CARACAS

A cinco dias das eleições na Venezuela, Hugo Chávez e Herique Capriles, que quer tirá-lo da Presidência no domingo, percorrem de dois a três Estados por dia trocando acusações e disputando nas TVs e jornais o tamanho das multidões que conseguem atrair.

Chávez, que começou anteontem uma turnê em sua cidade natal, Sabaneta, no Estado de Barinas, esteve em Lara, um importante Estado central venezuelano.

"Fidel Castro me mandou uma carta e disse que não tem dúvida de que vai ser uma vitória bolivariana no domingo!", afirmou, num comício transmitido pela TV estatal.

"Vamos reduzir a zero a pobreza extrema na Venezuela", disse, pouco antes, repisando o argumento de que o opositor vai interromper os programas sociais.

No outro lado do país, em Anzoátegui, Capriles criticava as promessas "abstratas" do atual governo. "Tudo desse governo é acelerar, impulsionar, nada de entregar e concluir", disse, num comício transmitido pela TV opositora Globovisión, que faz o papel de cobertura oficial da oposição, ainda que não tenha abrangência nacional.

APOSTAS

O candidato opositor tem diminuído a distância de Chávez nas pesquisas, mas, segundo o respeitado instituto Datanálisis, a diferença é ainda de dez pontos. No entanto, o também renomado Consultores 21 afirma que há empate técnico entre os dois, com vantagem para Capriles.

A divergência das pesquisas também se reflete nas análises do mercado sobre a disputa.

Ontem, a agência de análise de risco Eurasia Group distribuiu a clientes um informe que afirma que as pesquisas são inconclusivas, mas prevê a vitória de Chávez.

"A despeito da clara deterioração do nível do apoio a Chávez, é improvável que o popular candidato perca uma eleição num contexto de crescimento econômico. Nós acreditamos, porém, que há uma não desprezível probabilidade de Capriles vencer."

Capriles afirmou anteontem acreditar que vencerá a eleição com folga de mais de 1 milhão de votos.

"No dia 7 de dezembro, o povo irá falar. E a voz do povo é sagrada", afirmou.

Segundo ele, "as únicas pesquisas que não mudaram são as pagas pelo governo". (FLÁVIA MARREIRO)

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