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Ata de reunião do BC dos EUA anima mercados

Decisão de comprar títulos para estimular economia, em setembro, teve apoio quase unânime

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As atas da reunião de setembro do Federal Reserve (banco central dos EUA), divulgadas ontem, mostraram apoio quase total dos participantes à nova rodada de relaxamento monetário, mas divergência sobre o que fazer dos juros daqui por diante.

A divulgação das atas -pelo menos na parte que diz respeito ao relaxamento- animou os mercados ontem, e o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou com alta de 0,6%, também impulsionada pelo bom desempenho do setor financeiro.

Relaxamento monetário ("quantitative easing", em inglês) é a prática de comprar títulos do Tesouro para injetar dinheiro na economia.

No mês passado, o Fed anunciou a terceira etapa de seu programa de compra de títulos (QE3), que prevê a aquisição de US$ 40 bilhões por mês e não tem prazo para acabar. Medidas similares de estímulo econômico foram adotadas por bancos centrais como o Europeu e o do Japão.

A leitura das atas mostra que o QE3 recebeu amplo apoio dos integrantes do Fed que participaram do encontro, com poucos deles expressando ceticismo sobre sua eficácia -para alguns analistas, só ações de política monetária não bastam para fazer os EUA voltarem a crescer.

'GATILHO'

O que dividiu mesmo os membros do comitê de política monetária do banco central americano foi a proposta de adotar uma espécie de "gatilho" para definir mudanças nas taxas de juros no país.

Atualmente, os juros já estão perto de zero nos EUA, o que torna inviável reduzi-los ainda mais na tentativa de impulsionar o crescimento.

O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, sugeriu que os juros sejam mantidos próximos de zero enquanto o desemprego for superior a 7% e a inflação, inferior a 3%; caso o desemprego diminua e a inflação cresça além desses níveis, as taxas aumentam.

Os membros do comitê do Fed mostraram total discordância sobre os números que justificariam alta nos juros e fizeram objeções a um "gatilho automático". Em agosto, o desemprego nos EUA foi de 8,1% e a inflação, de 1,9%.

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