Candidatos prometem respeitar resultados

Em busca de mais um mandato que lhe daria duas décadas na Presidência da Venezuela, Hugo Chávez votou ontem num bastião de sua "revolução", o bairro de 23 de Enero, em Caracas.

Em entrevista a jornalistas, recusou-se a responder se essa será sua última disputa e garantiu que seu projeto superou o "unipersonalismo".

Sereno, acompanhado por uma das filhas, por netos e por uma entourage de nomes esquerdistas mundiais que incluía o ator americano Danny Glover, a senadora colombiana Piedad Córdoba e o jornalista francês Ignacio Ramonet, Chávez prometeu reconhecer os resultados quer a diferença seja por um ou por 3 milhões de votos.

"Somos gente séria, responsável. Daremos apoio aos resultados, a voz da nação", disse. O presidente acusou a oposição de tergiversar na hora de responder se respeitará ou não os resultados.

Chávez disse que, qualquer que seja o resultado, telefonará para o rival Henrique Capriles, com quem se recusou a debater durante a campanha, além de aplicar-lhe apelidos jocosos.

"A primeira pessoa para quem vou ligar ao saber dos resultados é o presidente Chávez", disse Capriles pouco depois, ao votar num colégio em região abastada na cidade da qual foi prefeito.

O opositor afirmou que hoje será dia de união na Venezuela, após o voto de milhares de "Davis". Ele definiu a campanha como uma batalha de Davi (ele) contra Golias (Chávez).