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Turquia sugere que vice de Assad assuma poder sírio

Al Shara é considerado moderado por turcos e poderia liderar a transição

Defesa do vice como o novo líder foi feita por chanceler turco em entrevista à TV; ontem combates continuaram

DO “GUARDIAN”

A Turquia sinalizou apoio a que Farouk al Shara, o veterano vice-presidente da Síria, seja o sucessor do ditador Bashar Assad em um governo de transição.

"Farouk Al Shara é um homem racional e consciente e ele não tomou partido no massacre da Síria", afirmou o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, em uma entrevista a uma TV estatal. "Ninguém conhece o sistema sírio melhor que ele", completou.

Davutoglu sugeriu que a oposição anti-Assad estaria "inclinada a aceitar al Shara" como seu futuro líder -mas muitos o veriam como intimamente ligado ao regime.

Farouk al Shara, 73, é muçulmano sunita e, por duas vezes, foi acusado falsamente de ter desertado do regime de Assad.

A intervenção de Ancara mostra que um importante vizinho está pensando seriamente sobre uma transição que poderia, em teoria, ganhar amplo apoio internacional em um momento alarmante da escalada da crise.

A Turquia tem servido de base para oposicionistas e abriga milhares de sírios que fogem da guerra civil. Na semana passada, ameaçou invadir a Síria após ter sido alvo de morteiros.

A opinião dos turcos sobre como seria um futuro pós-Assad carrega muito peso.

NOVOS ATAQUES

Unidades turcas da fronteira dispararam contra alvos dentro da Síria pelo quinto dia consecutivo ontem, em resposta a um morteiro sírio que caiu perto do centro de Akçakale, onde cinco civis foram mortos na última quarta-feira em ataque anterior da artilharia síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que a retaliação turca atingiu arredores da cidade síria de Tel Abyad, onde os rebeldes têm lutado contra as forças de Assad. A agência Associated Press informou que oito morteiros foram disparados.

Pelo menos 70 pessoas foram mortas ontem em todo o país. A oposição diz que 30 mil pessoas morreram desde que a revolta começou, em março de 2011.

A Turquia tem dito que não quer guerra, mas espera que suas retaliações tenham um efeito dissuasivo eficaz no fim do atrito entre os dois países.

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