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Análise

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Republicanos veem ação direta do Irã sobre a América Latina

NEWTON CARLOS
ESPECIAL PARA A FOLHA

O que se refere à América Latina no programa republicano foi redigido sob influência da deputada Ileana Ros-Lehtinen (Flórida), onde fica o grosso do voto hispânico.

Como membro da Comissão de Relações Exteriores, ela antecipou qual seria o alvo da oposição republicana dizendo que as visitas do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a Venezuela, Nicarágua e Equador "podem desestabilizar o continente".

É uma nova versão da Doutrina Monroe, do século 19, que pregava "América para os americanos".

O ex-presidente Bill Clinton disse certa vez ao Congresso que a América Latina já não sofre ameaça de intervenção externa, tendo em vista que o comunismo desabara com o fim da URSS.

A Doutrina Monroe teria assim perdido o sentido. Mas ressurgiria com esse advento da "ameaça terrorista" de matriz no Irã.

O programa republicano afirma: "Resistiremos à influência estrangeira em nosso hemisfério".

A Venezuela é descrita pelo partido como um Estado "narcoterrorista" e acusada de ser posto avançado do Irã em nosso continente, o que significaria crescente ameaça à segurança dos EUA.

"Somos o partido da paz mediante o emprego da força", é outra afirmação, feita em tom ameaçador, pelo partido de Mitt Romney.

NEWTON CARLOS é analista internacional

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