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Conversas de paz na Colômbia podem reduzir busca por refúgio

DE SÃO PAULO

A segunda maior população de refugiados no Brasil tende a se estabilizar. Ao menos, essa é a expectativa do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), ligado ao Ministério da Justiça.

A vinda de colombianos, que hoje representam 15% do total de refugiados no Brasil, já sofreu uma desaceleração nos últimos anos, mas pode se tornar ainda menor se as conversas de paz, iniciadas entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), engrenarem.

"A nossa percepção é de que a situação está estabilizada, de que não há uma elevação nos pedidos atuais", diz o presidente do Conare, Paulo Abrão.

"A nossa boa expectativa é que os atuais esforços internacionais para um acordo de paz possam fazer com que não apenas se estanque a vinda de novos pedidos, como, eventualmente, alguns dos eventuais refugiados possam ter condições objetivas de retorno ao seu país", acrescenta Abrão.

Entre 2011 e 2012, o número de refúgios concedidos a colombianos no Brasil cresceu 11%, de 628 para os atuais 700.

NOVO PERFIL

Com a decisão do governo brasileiro de transformar o status de angolanos e liberianos para residentes permanentes, os colombianos assumem a dianteira da maior população de refugiados no Brasil.

Com a "saída" de quase 2.000 refugiados angolanos e liberianos da conta, os colombianos representarão 26% da população refugiada.

Para o Acnur, isso muda o perfil do refúgio no Brasil, e "lança luz" não só sobre a situação dos colombianos, mas também dos congoleses, que passam a ser os segundos colocados.

(IF)

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