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Eleições EUA

Economia cresce 2% no 3º trimestre e dá fôlego a Obama

Número anualizado foi puxado pelo aumento do consumo e pela melhora do mercado imobiliário

Gastos destinados à defesa também contribuíram para a expansão do PIB, que superou as previsões

Michael Reynolds - 25.out.2012/Efe
Usando pulseira rosa, Barack Obama faz discurso de campanha à reeleição em Richmond
Usando pulseira rosa, Barack Obama faz discurso de campanha à reeleição em Richmond

RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK

A economia americana cresceu a um ritmo anual de 2% no terceiro trimestre, pouco acima do que a maioria dos economistas previa. O dado, ainda uma prévia, foi comemorado pela campanha do presidente Barack Obama, que tenta a reeleição.

No segundo trimestre, a taxa anualizada do PIB havia sido de apenas 1,3%.

O crescimento foi puxado especialmente por aumento de consumo, uma melhora no mercado imobiliário e por mais gastos no setor de defesa. Historicamente, um número modesto para a economia americana, mas bem acima da maioria dos países desenvolvidos estagnados ou em recessão.

O desemprego já havia caído no início do mês de 8,1% para 7,8% -depois de 43 meses acima de 8%.

A oposição republicana já afirmou que o desempenho da economia ainda é fraco. O candidato republicano, Mitt Romney, voltou a acusar Obama de não ter um plano para o crescimento.

Tanto a fraqueza de investimentos no setor privado, quanto o comércio internacional continuam a preocupar as autoridades.

Governo e consumidores estão gastando mais. Os gastos do consumidor, principal motor do crescimento, aumentaram 2% em 12 meses.

A venda de carros foi a mais alta desde fevereiro de 2008. Nos últimos 12 meses, 14 milhões de veículos foram vendidos.

A construção de imóveis residenciais subiu 14% no terceiro trimestre, comprovando a recuperação do setor de construção, depois de um longo período de estagnação a partir de 2008. Mas, como o setor de habitação responde agora por apenas 3% do PIB, o impacto foi pequeno.

Em setembro, a venda de imóveis residenciais cresceu 27% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Pesquisa da agência Reuters com a Universidade Michigan aponta que a confiança do consumidor está em seu maior índice em quatro anos.

Os gastos do governo subiram 9,6%, empurrados basicamente por um aumento recente das despesas militares, de 13% -gastos fora da defesa cresceram 3%.

O setor privado contribuiu muito menos -analistas dizem que as grandes empresas estão "esperando para ver" o resultado das eleições e a decisão sobre o fim das isenções fiscais criadas no governo Bush para decidir novos investimentos.

Outro fator que deteve o crescimento americano foi a pobre performance das exportações, que caiu 1,6% no terceiro trimestre, afetada pela crise na Europa e a desaceleração na China.

É a primeira vez que se registra queda das exportações americanas desde o primeiro trimestre de 2009.

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