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EUA preparam-se para o furacão Sandy

Em Nova York, previsão é de chegada hoje ou amanhã, mas governo já fechou escolas e suspendeu o metrô

Situação faz com que candidatos cancelem eventos de campanha a pouco mais de uma semana da eleição

Craig Ruttle/Associated Press
Funcionário de manutenção reforça com madeira calçada em Manhattan por conta de furacão Sandy; NY está em alerta
Funcionário de manutenção reforça com madeira calçada em Manhattan por conta de furacão Sandy; NY está em alerta

RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK

Com ventos de 120 km/h, o furacão Sandy só deve atingir a cidade de Nova York entre hoje à tarde e amanhã, mas já alterou a vida da maior cidade americana e de boa parte da costa leste do país.

Fortes ventanias ao longo do dia de ontem e a possibilidade de marés muito altas invadindo as áreas mais baixas da metrópole obrigaram prefeitura e governo estadual a tomar precauções.

O Sandy era ontem um furacão de categoria 1 (mais fraco numa escala até 5), mas pode se fundir a outras massas de ar hoje.

O metrô nova-iorquino teve as suas últimas viagens às 19h e os ônibus pararam às 21h. O serviço só deve retornar 12 horas após a tempestade -provavelmente só na quarta-feira de manhã.

Shows e peças da Broadway foram cancelados e a prefeitura pediu para todos os moradores de áreas passíveis de inundação para se mudarem a abrigos públicos ou se instalarem na casa de amigos e parentes -estimadas 375 mil pessoas terão de sair de suas casas.

Midtown, área entre as ruas 30 e 60, abaixo do Central Park, onde fica a maior oferta hoteleira da cidade, e a Times Square, reduto de turistas brasileiros, estão fora da zona de retirada.

As escolas da cidade permanecerão fechadas hoje, mas a Bolsa de Valores de Nova York anunciou que funcionará de forma eletrônica.

Cerca de 5.000 voos foram cancelados em razão do furacão, entre eles pelo menos cinco do Brasil para os EUA.

Em seu rastro, Sandy já matou ao menos 59 pessoas no Haiti e 11 pessoas em Cuba desde terça-feira.

Uma pessoa morreu no também afetado arquipélago das Bahamas.

Vários Estados da costa leste americana, do Maine à Carolina do Norte, de Massachusetts à Pensilvânia, estão em estado de alerta. Há possibilidade de nevascas.

Faltando pouco mais de uma semana para as eleições americanas, no dia 6, as duas campanhas cancelaram eventos por causa da tempestade que se aproxima.

O presidente Barack Obama, candidato à reeleição, alertou que se trata de uma tempestade "grande e séria".

O prefeito nova-iorquino, Michael Bloomberg, disse que quem não sair de casa nas áreas evacuadas será "muito egoísta".

"Não só por colocar a sua vida em risco, mas por colocar em risco a vida dos profissionais de primeiros socorros que terão de salvar quem não tomou as devidas precauções".

Ele disse o mesmo em relação aos surfistas que estavam aproveitando as marés altas de ontem para pegar onda em Coney Island.

Bloomberg leu parte do discurso em espanhol, para a enorme população latina da cidade. "Mucho cuidado", alertou.

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