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Escândalo sexual atinge mais um alto general nos EUA

Nomeação de John Allen como comandante da Otan é suspensa por ligação com caso que derrubou chefe da CIA

FBI investiga e-mails 'impróprios' enviados pelo militar a mulher da Flórida envolvida na queda de Petraeus

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O escândalo sexual que levou à queda do diretor da CIA David Petraeus na sexta-feira atingiu ontem mais um alto militar dos EUA: o general John Allen, chefe do contingente americano e da Otan no Afeganistão.

Allen está sob investigação do FBI (a polícia federal americana) por ter trocado milhares de e-mails "inapropriados" com Jill Kelley, 37, socialite da Flórida que recebeu mensagens ameaçadoras da amante do general Petraeus.

Foi Kelley quem pediu ao FBI que apurasse a origem dos e-mails anônimos, levando à revelação do caso extraconjugal que provocou a renúncia do chefe da CIA.

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, pediu ao presidente Barack Obama a suspensão da indicação de Allen como comandante máximo militar da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte) na Europa. A audiência no Senado que confirmaria o general no novo cargo estava prevista para amanhã.

QUEBRA-CABEÇAS

O envolvimento adiciona novo ingrediente no enredo envolvendo Petraeus, 60, sua biógrafa e amante Paula Broadwell, 40, e Kelley.

Não está clara a relação de Petraeus e do general Allen com Kelley, voluntária pró-veteranos de guerra e anfitriã de festas em Tampa, onde os generais serviram. Todos os implicados são casados.

De acordo com o código de conduta militar americano, adultério pode ser crime. O receio é que, em casos extraconjugais, informações que ponham em risco a segurança nacional vazem.

O que se sabe até agora é que Petraeus mandava e-mails sexualmente explícitos para Broadwell, que por sua vez mandava e-mails ameaçadores para Kelley, a quem via como uma rival.

Já o conteúdo dos e-mails "inapropriados" trocados entre Kelley e Allen, que podem passar de 20 mil desde 2010, não foi revelado.

Segundo o jornal "New York Times", Kelley procurou um agente do FBI de quem era próxima quando começou a receber os e-mails ameaçadores anônimos. O agente não identificado foi, depois, afastado do caso por seu "excessivo envolvimento" -havia enviado foto dele próprio sem camisa para Kelley.

Ainda segundo o "NYT", o agente, contrariado, procurou o deputado Eric Cantor, líder da maioria Republicana no Congresso dias antes das eleições presidenciais. O caso, porém, só foi conhecido após a reeleição de Obama.


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