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Empresas do Brasil tentam reaproximação com líbios

Ideia é garantir seguimento de projetos no país e retomá-los o quanto antes

Construtoras estiveram no país em outubro para conversas; Andrade Gutierrez reabre seu escritório neste mês

ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

Nove meses depois de retirarem seus funcionários da Líbia e cessarem parcial ou completamente as atividades no país, quatro empresas brasileiras tentam uma aproximação com o novo governo para retomar seus projetos.

No entanto, as dificuldades para a formação de um novo regime prometem atrasar ainda mais a volta das obras das construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão e a atividade de extração da Petrobras.

Os obstáculos vão da revisão dos contratos estrangeiros feitos por Muammar Gaddafi à segurança instável e à espera pela reorganização burocrática que permitirá reemitir vistos aos funcionários das empresas que deixaram a Líbia -entre eles vietnamitas, nigerianos e brasileiros.

Representantes da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão estiveram no país na semana anterior à captura e morte do ditador, em 20 de outubro, em missão do Itamaraty, para conversar com integrantes do CNT (Conselho Nacional de Transição). A Odebrecht também participou, com representantes locais.

Segundo a Folha apurou, os anfitriões deixaram claro que os brasileiros -que só reconheceram o CNT como autoridade vigente em setembro- não teriam o mesmo tratamento dos países que ajudaram a derrubar o regime.

Contudo as novas autoridades afirmaram que parcerias com países emergentes como o Brasil serão importantes, para que não fiquem dependentes das potências ocidentais ou da China.

A Andrade Gutierrez, que tem obras de infraestrutura e pavimentação em bairros de Trípoli, reinicia neste mês seu trabalho nos escritórios do país para "discutir prazos e condições para a retomada".

Responsável pelas construções do Aeroporto Internacional de Trípoli e de um anel viário na capital, a Odebrecht manteve parte de suas obras a cargo de 700 trabalhadores líbios e diz estar pronta para reassumir integralmente os projetos. Também acredita que os contratos seguirão normalmente.

"Aguardamos a organização do governo líbio sobre os investimentos públicos no país", diz a Odebrecht, em nota.

A Queiroz Galvão e a Petrobras também acompanham as definições políticas no país para reiniciar os trabalhos.

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