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Coreia do Norte diz que testará foguetes com EUA como alvo

Regime chama os americanos de 'inimigos declarados' e reage a sanções da ONU prometendo novos lançamentos

Atitude norte-coreana é provocação, afirma a Casa Branca; ameaça fez Bolsas perderem ganhos iniciais na Ásia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O regime da Coreia do Norte, considerado um dos mais fechados do mundo, afirmou ontem que pretende continuar a lançar foguetes e fazer testes nucleares -e advertiu que eles podem ter como alvo os EUA, que Pyongyang classificou de "inimigos declarados".

O comunicado do governo norte-coreano, divulgado ontem pela agência estatal de notícias KCNA, foi uma resposta às novas sanções impostas ao país pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em razão do lançamento de um foguete em dezembro.

A Coreia do Norte alega que o foguete lançado no fim do ano passado visava somente colocar um satélite em órbita.

Acredita-se que a ditadura comandada por Kim Jong-un desde 2011 tenha um pequeno estoque de bombas atômicas rudimentares, mas não possua a tecnologia necessária para colocá-las em ogivas capazes de ameaçar os EUA.

Segundo o serviço de inteligência da Coreia do Sul, no entanto, o lançamento de dezembro indicou que os norte-coreanos já teriam a capacidade de desenvolver um foguete com alcance de 10 mil km, capaz de atingir San Francisco (Costa Oeste dos EUA).

"Nossos satélites pacíficos continuarão sendo lançados sem interrupção, em nossa luta nacional para defender o direito à autodefesa", disse o regime em seu comunicado.

Mais adiante, o texto afirma que os testes nucleares -o país realizou dois, em 2006 e 2009, amplamente condenados pela comunidade internacional- e de foguetes serão feitos visando os EUA.

Em fevereiro de 2012, a Coreia do Norte se comprometera a suspender os testes de foguetes para receber 240 mil toneladas de comida de Washington. Apenas dois meses depois, porém, fez novo lançamento, durante os festejos do centenário do fundador do regime, Kim Il-sung (1912-94).

A ameaça norte-coreana se refletiu ontem nos mercados, sobretudo na Ásia -depois do comunicado, Bolsas chinesas e a de Hong Kong recuaram de 0,2% a 1%, anulando os ganhos do início do dia.

REAÇÃO AMERICANA

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, respondeu chamando a nota da Coreia do Norte de "desnecessariamente provocativa" e dizendo que as atitudes de Pyongyang apenas reforçariam o seu isolamento diplomático.

"Qualquer teste [nuclear] será uma violação significativa das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", declarou o porta-voz ontem.

Carney acrescentou que os EUA não veem mudanças na gestão de Kim Jong-un em relação às de seus antecessores e elogiou as novas sanções da ONU -fundamentais, segundo ele, para evitar que os norte-coreanos desenvolvam armas de destruição em massa.


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