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Dilma teme 'tentações coloniais' no Mali

Presidente afirma que intervenção militar francesa no país africano não pode violar os direitos humanos

Mandatária defendeu ação de organismos internacionais para resolução dos conflitos, citando Síria e Palestina

DE BRASÍLIA

Ao lado de autoridades da União Europeia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a ofensiva militar liderada pela França no Mali "não pode violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive as antigas tentações coloniais".

A presidente reforçou ainda que qualquer ação militar precisa ser "submissa" a autorizações do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), com atenção aos civis.

Há duas semanas, a França iniciou uma intervenção militar no Mali -país que, até os anos 1960, era sua colônia. Foram enviados mais de 2.000 soldados para auxiliar no combate a grupos rebeldes islâmicos que atuam no norte do país africano.

A ONU havia aprovado uma intervenção, mas sob condições, como o treinamento prévio do Exército do Mali. Após apressar a ação,

a França recebeu a chancela do Conselho de Segurança.

Durante discurso, Dilma defendeu a ação dos organismos internacionais na resolução de conflitos, relacionando-os aos desdobramentos da guerra civil na Líbia e ao consequente derramamento de armas no norte da África.

No Palácio do Planalto, a interpretação é que Dilma não fez uma crítica à ação francesa porque a intervenção se ampara em pedido do próprio governo malinês e foi chancelada pela ONU.

Ontem, Dilma falou dos conflitos na Síria e na Palestina e pediu protagonismo de Portugal e Brasil na resolução de conflitos na Guiné-Bissau, que enfrenta uma onda de violência devido ao cenário persistente de instabilidade política patrocinado por organizações ligadas ao tráfico de drogas.

Também elogiou a indicação do jurista timorense José Manuel Ramos-Horta ao cargo de representante da ONU.

As declarações foram feitas durante a 6ª Cúpula Brasil-União Europeia, em Brasília, ao lado do presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Em resposta ao premiê britânico, David Cameron, que defende um plebiscito sobre a saída do Reino Unido da UE, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, exaltou a união entre os países do bloco.

De acordo com ele, a União Europeia dá "um contributo suplementar para uma ordem internacional mais justa".

Barroso ressaltou que, assim como a Europa, o Brasil também aposta na utilização do multilateralismo para atenuar as divergências nas relações internacionais.


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