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Presidente do Egito determina toque de recolher em três cidades

Decisão foi anunciada após 40 mortes em Port Said no fim de semana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em seu primeiro pronunciamento na TV desde o início dos confrontos entre manifestantes e policiais, na última sexta-feira, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, declarou ontem estado de emergência e toque de recolher em três cidades do país.

Por 30 dias, a partir da 0h de hoje, as cidades de Port Said, Ismailia e Suez -que foram palco de violentos confrontos nos últimos três dias- terão toque de recolher das 21h às 6h.

"Sempre fui contra medidas de exceção, mas me vi obrigado a tomá-las", disse Mursi, destacando que optará por mais medidas desse tipo se os confrontos seguirem.

O presidente, que tem enfrentado forte oposição após conseguir aprovar uma controversa Constituição, disse estar agindo para evitar mais "derramamento de sangue".

"Todo o Egito condena esse comportamento. Vamos enfrentar e combater duramente qualquer ameaça", disse, acrescentando que serão tratados "com força" os que atacarem as instituições do país.

Mursi ainda convocou líderes dos principais partidos para discutir, às 18h (14h de Brasília) de hoje, uma saída para a onda de instabilidade.

Os confrontos no país começaram na sexta-feira, dia do segundo aniversário do início da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, após 30 anos no poder.

As manifestações contra Mursi, acusado pela oposição de trair os ideais da revolução, acabaram com ao menos sete mortes em Suez e Ismailia.

No sábado, os confrontos violentos se concentraram em Port Said e no Cairo, após a decisão da Justiça de condenar à morte 21 acusados pelo massacre que deixou 74 mortos num estádio de futebol em fevereiro de 2012.

Durante os funerais, ontem, houve mais violência, com ao menos sete mortos. Testemunhas relataram tiros e o uso, pela polícia, de bombas de gás lacrimogêneo. No total, ao menos 40 pessoas teriam morrido, entre civis e policiais, em Port Said no fim de semana.

A oposicionista Frente de Salvação Nacional saudou as medidas de Mursi. "Foi uma decisão certa, considerando o vandalismo e as ações criminosas que estão ocorrendo", disse Khaled Dawoud, porta-voz do grupo.


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