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Opositores atacam complexo militar sírio

Grupo Exército Livre da Síria é o responsável pela primeira ação contra uma instalação de segurança do regime

Liga Árabe dá ultimato de três dias para Assad permitir missão de observadores, sob risco de sanções econômicas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo de Bashar Assad sofreu ontem o primeiro ataque a uma importante instalação de segurança do regime. O Exército Livre da Síria anunciou ter destruído parte do complexo de inteligência da Força Aérea síria em Harasta, subúrbio de Damasco.
A ação ocorreu no dia em que a Liga Árabe confirmou a suspensão da Síria do bloco e decretou um prazo de três dias para o fim da violência no país e a autorização de uma missão de observadores, sob pena de que os sírios enfrentem sanções econômicas.
Segundo o Exército Livre, o ataque ocorreu às 2h30 (hora local), e foram usados foguetes e metralhadoras na ação.
Forças de segurança teriam revidado, atirando contra os integrantes do Exército Livre da Síria. Helicópteros do regime também foram vistos sobrevoando a região após o ataque, que não foi confirmado pelo governo. Também não há informações sobre mortos ou feridos.
A operação demonstra o avanço estratégico dos opositores, já que esse também foi um dos ataques mais próximos da capital em oito meses de confrontos.
Além do prédio em Harasta, o grupo disse ter atacado instalações militares em Duma, Saqba, Qaboun e Arabeen, na região de Damasco.
O Exército Livre, criado em julho, é formado por desertores das forças de segurança sírias e tem como líder o ex-coronel da Força Aérea Riad Asaad, que comanda seus homens a partir da Turquia.
O grupo diz contar com mais de 20 mil integrantes -estimativa que grupos de ativistas, também de oposição, consideram exagerada.

SANÇÕES
Em um encontro em Marrocos, os países da Liga Árabe formularam um documento que dá um ultimato para que Assad aceite uma missão de até 50 observadores. Eles vão avaliar se o regime está comprometido a cumprir o acordo feito no início do mês com o bloco árabe.
O texto reitera a obrigação, assumida pelo ditador, de retirar tanques das ruas, libertar presos políticos e acabar com a repressão.
"Sanções econômicas são possíveis se o governo sírio não responder [à Liga Árabe]. Mas sabemos que elas vão atingir o povo da Síria", disse Hamad bin Jassim, chanceler do Qatar.
Ontem, manifestantes pró-Assad atacaram a embaixada dos Emirados Árabes Unidos na capital com pedras e picharam os muros da representação.
A França e o Marrocos anunciaram a retirada de seus embaixadores do país.

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