Ativistas do 'Ocupe Wall Street' promovem 'ação global' em NY

Ativistas do "Ocupe Wall Street" e a polícia de Nova York voltaram a se enfrentar ontem, quando o movimento completou dois meses. Os manifestantes promoveram um dia de "ação global", com bloqueio a ruas e ocupação de estações do metrô.
Até o final da tarde de ontem, a polícia não divulgou com precisão quantas pessoas haviam sido presas. Segundo a assessoria de imprensa, foram "mais de cem".
Os manifestantes alegam, porém, que 200 haviam sido detidos só nos protestos que ocorreram pela manhã, em resposta à desocupação forçada do parque Zuccotti.
Os "indignados" bloquearam entradas para Wall Street, centro financeiro da cidade, e impediram a entrada de funcionários, com quem discutiram. Também promoveram uma sessão de depoimentos de desempregados.
Segundo os manifestantes, a polícia foi violenta. Ontem, eles publicaram fotos e vídeos na internet mostrando ativistas sangrando. A polícia disse que policiais também ficaram feridos e tiveram os rostos atingidos por um líquido, provavelmente vinagre.
O prefeito Michael Bloomberg afirmou que "até agora as manifestações causaram transtornos mínimos para a cidade" e acusou os manifestantes de agir com violência.
Também foram registrados protestos de ativistas em outras cidades dos EUA, como Los Angeles e Washington.
Na terça, após pedido da Brookfield, empresa dona do parque, a polícia desalojou os manifestantes à força de madrugada, alegando necessidade de limpar o local.
Na ocasião, Bloomberg disse que, quando a saúde e a segurança entram em choque com os direitos expressos na Primeira Emenda (que garante a liberdade de expressão), os primeiros são prioridade.
O parque ficou cercado durante o dia e, à noite, após decisão do juiz Michael Stallman proibindo os manifestantes de voltarem a armar barracas na área, reabriu para público e ativistas.
A decisão de Stallman foi dada em resposta a pedido da apoiadora do movimento Jennifer Waller em ação contra a polícia da cidade e a Brookfield, entre outros réus.
Até ontem à noite, os manifestantes permaneciam no parque, mas sem conseguir montar tendas.