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Regime sírio responde a ataques com prisão de 40

Depois de ação contra instalações militares, Assad aumenta detenções

Europeus apresentam resolução à Assembleia Geral da ONU contra a Síria; texto teria apoio de alguns países árabes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O regime sírio reagiu ontem, com prisões, ao avanço da oposição, que atacou instalações militares do país na véspera. Pelo menos 40 pessoas teriam sido presas na cidade de Hama, no centro do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que também anunciou a morte de pelo menos oito civis pelo regime ontem.
Apesar da resposta do governo, o opositor Exército Livre da Síria, responsável pela ação do dia anterior contra um complexo de inteligência sírio no subúrbio de Damasco, realizou outro ataque ontem -desta vez a um escritório do Baath, partido do ditador Bashar Assad, no nordeste da Síria.
O governo não confirmou nenhuma das duas ações nem as prisões políticas em Hama, mas disse ter detido 57 "terroristas" e confiscado suas armas e explosivos na província de Idlib.
O avanço militar da oposição síria é visto por muitos países, como os Estados Unidos, como uma reação esperada à violenta repressão de Assad contra a população. No entanto, para Rússia e China, desperta preocupação.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse ontem que o cenário se aproxima de uma "autêntica guerra civil" e pediu que a comunidade internacional -em especial a Liga Árabe- exija o fim da violência de todos os lados, inclusive da oposição.
"A petição da Liga Árabe para que cesse a violência deve ser mais precisa. É preciso frear a violência, venha de onde vier", disse Lavrov.
Resolução
Depois de não conseguirem aprovar resolução contra a Síria no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os governos de Alemanha, França e Reino Unido apresentaram ontem um projeto de resolução à Assembleia Geral da ONU.
O texto, que deve ser votado na próxima terça-feira, condena as violações de direitos humanos pelo regime sírio e pede o fim imediato da violência, por meio do "mapa do caminho" acordado entre Assad e a Liga Árabe.
Segundo a Alemanha, o projeto, que não fala diretamente sobre sanções, já teria o apoio de importantes países árabes, como Arábia Saudita, Jordânia, Kuait e Marrocos. "Esperamos que isso mostre a Assad quão isolado ele está", disse o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig.
O regime tem até amanhã para aceitar o envio de uma missão da Liga Árabe ao país.

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