São Paulo, terça-feira, 01 de janeiro de 2008

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Versão oficial do atentado é contestada

DA REDAÇÃO

O advogado paquistanês Athar Minallah enviou ao "New York Times" carta em que afirma que os médicos que tentaram reanimar Benazir Bhutto, após o atentado de quinta-feira, procuraram se distanciar da versão oficial de que ela morreu ao chocar a cabeça contra a maçaneta do teto solar de seu automóvel.
Minallah argumenta que a versão, dada pelo Ministério do Interior, acobertaria a negligência do governo do ditador Pervez Musharraf em dar à líder da oposição um dispositivo de segurança que evitasse a aproximação de um indivíduo armado, que disparou duas ou três vezes contra ela, a pouca distância, e também do homem-bomba que em seguida se explodiu.
Benazir acabava de participar de um comício em Rawalpindi, cidade próxima da capital, Islamabad, e sede do Exército e dos serviços de inteligência. O automóvel já estava numa das ruas de saída do comício.
Um filme que mostra o homem armado e o homem-bomba foi divulgado por uma TV local e retransmitido por um canal londrino. Ele traz indícios de que Benazir foi atingida por tiros na cabeça antes que o homem-bomba se explodisse.
Especialistas ouvidos pela Associated Press afirmam que o veículo deveria estar cercado por agentes de segurança para impedir a aproximação dos terroristas.


Com agências internacionais


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