|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com repórteres em território palestino, Al Jazeera sobressai
DA REDAÇÃO
A emissora de TV Al Jazeera,
sediada no Qatar, indiretamente se beneficia das restrições
impostas por Israel à entrada
de jornalistas na faixa de Gaza.
Com quatro correspondentes no território palestino, instalados lá antes do início de novembro, quando o bloqueio israelense à imprensa internacional se intensificou, a rede
árabe tem conseguido "exibir
imagens que nunca achariam
seu rumo nas telas das TVs ocidentais", conforme definiu o
jornal britânico "Guardian".
Não foi só a publicação inglesa que registrou a relevância da
emissora do Qatar na cobertura
dos ataques a Gaza. O enviado
especial do francês "Le Monde"
a Ramallah (cidade palestina
na Cisjordânia) relatou que os
moradores do local têm apenas
duas formas de se informar do
que acontece na área atacada
pelos israelenses -"pendurados no telefone ou com os olhos
grudados na Al Jazeera".
Após os primeiros ataques,
no sábado, a emissora já transmitia imagens dos primeiros
feridos chegando ao hospital de
Shifa, em Gaza.
Diferentemente de suas concorrentes estatais nos países
árabes (que seguem as posições
governamentais acerca do conflito -egípcios, jordanianos e
sauditas críticos ao Hamas e a
Israel, e sírios enfatizando a resistência palestina), a Al Jazeera tem dado voz a todos os envolvidos, inclusive exibindo
imagens de Sderot e outras cidades israelenses atingidas por
foguetes lançados pelo Hamas.
Durante a semana, em Damasco, a emissora entrevistou
Khaled Meshal, líder do Hamas. E, em Israel, ouviu a chanceler e candidata a premiê nas
eleições de fevereiro, Tzipi Livni, que criticou o canal -alvo de
reprovação também de lideranças da Autoridade Nacional Palestina, para quem a cobertura
do canal tende ao Hamas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Jornalistas obtêm na Justiça direito de entrar em Gaza Próximo Texto: Amorim pede "gestos decisivos" a EUA e ONU Índice
|