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São Paulo, sábado, 01 de fevereiro de 2003

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TERROR

Ação foi uma das maiores no país desde o 11 de setembro

Itália prende 28 paquistaneses suspeitos de ligação com Al Qaeda

DA REUTERS

A polícia italiana prendeu ontem 28 paquistaneses suspeitos de ligação com a Al Qaeda em uma das maiores operações contra o terrorismo na Itália desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
A polícia invadiu o apartamento no centro de Nápoles (sul do país) na noite de quarta-feira durante uma ação de rotina contra imigrantes ilegais e acabou descobrindo explosivos em quantidade suficiente para explodir um prédio de três andares.
Foram apreendidos 800 gramas de explosivos, 70 metros de estopins e diversos detonadores eletrônicos escondidos atrás de uma falsa parede, além de textos religiosos islâmicos, fotos de mártires do "jihad" (esforço pela causa de Deus), documentos falsos, mapas da região de Nápoles, endereços e mais de cem celulares.
De acordo com uma fonte judicial, o QG do comando sul europeu da Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) e a base militar americana de Capodichino tinham suas localizações assinaladas no mapa.
A polícia disse acreditar que os homens, com idades entre 20 e 48 anos, sejam membros da rede Al Qaeda, responsável pelos atentados terroristas contra os EUA.
Segundo o embaixador paquistanês na Itália, Zafar Hilali, 24 dos 28 detidos estavam no país legalmente, não tinham nada a ver com terrorismo e apenas viviam numa casa pertencente à máfia.
O Paquistão tem sido um dos maiores aliados dos EUA na guerra contra o terrorismo, em especial na região do Afeganistão.
Mais de cem pessoas foram presas na Itália (17 foram condenadas) desde os atentados, há 18 meses. Além de se colocar na linha de frente das investigações sobre o terrorismo na Europa, Roma também manifestou apoio aos EUA num eventual ataque contra o Iraque.


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