São Paulo, sábado, 01 de março de 2008

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CUBA

Fidel nega divergência com Raúl e defende "velha guarda"

DA REDAÇÃO

Afastado formalmente do poder desde 18 de fevereiro, Fidel Castro escreveu ontem mais uma de suas "reflexões", dessa vez para comentar a cobertura da imprensa a respeito da sucessão em Cuba, no último domingo, e afastar qualquer rumor sobre divergências entre ele e o novo dirigente da ilha, seu irmão Raúl Castro.
Fidel se mostrou particularmente irritado com um texto do corresponde da rede britânica BBC em Cuba, Fernando Ravsberg, que escreveu sobre a estratégia do cubano de manter sua influência no novo governo por meio das "reflexões".
No texto, Ravsberg comenta rumores sobre uma discussão acalorada entre Raúl e o irmão, que Fidel nega. O ditador da ilha por 49 anos considerou as observações "grosseiras".
De todo modo, Fidel usa o texto de ontem para ressaltar que foi consultado sobre todas as mudanças de cargos e defende a permanência da "velha guarda" no poder.
Para negar tendências "militaristas" de Raúl, Fidel diz que ele próprio sugeriu a ascensão ao Conselho de Estado dos generais Leopoldo Cintra Frías, 66, e Álvaro López Miera, 64. "São muito mais jovens que McCain [pré-candidato republicano, 71 anos] e têm mais experiência como chefes militares." Ele não comenta a nomeação para ministro da Defesa de Julio Casas Regueiro, 72, braço direito de Raúl.
No texto, Fidel afirma que dois "eminentes" chefes de Estado vão participar na semana que vem em Havana do Encontro de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento. Segundo nota do "Granma", os presidentes são Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).


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