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CUBA
Fidel nega divergência com Raúl e defende "velha guarda"
DA REDAÇÃO
Afastado formalmente do
poder desde 18 de fevereiro,
Fidel Castro escreveu ontem
mais uma de suas "reflexões", dessa vez para comentar a cobertura da imprensa a
respeito da sucessão em Cuba, no último domingo, e
afastar qualquer rumor sobre divergências entre ele e o
novo dirigente da ilha, seu irmão Raúl Castro.
Fidel se mostrou particularmente irritado com um
texto do corresponde da rede
britânica BBC em Cuba, Fernando Ravsberg, que escreveu sobre a estratégia do cubano de manter sua influência no novo governo por
meio das "reflexões".
No texto, Ravsberg comenta rumores sobre uma
discussão acalorada entre
Raúl e o irmão, que Fidel nega. O ditador da ilha por 49
anos considerou as observações "grosseiras".
De todo modo, Fidel usa o
texto de ontem para ressaltar que foi consultado sobre
todas as mudanças de cargos
e defende a permanência da
"velha guarda" no poder.
Para negar tendências
"militaristas" de Raúl, Fidel
diz que ele próprio sugeriu a
ascensão ao Conselho de Estado dos generais Leopoldo
Cintra Frías, 66, e Álvaro López Miera, 64. "São muito
mais jovens que McCain
[pré-candidato republicano,
71 anos] e têm mais experiência como chefes militares." Ele não comenta a nomeação para ministro da Defesa de Julio Casas Regueiro,
72, braço direito de Raúl.
No texto, Fidel afirma que
dois "eminentes" chefes de
Estado vão participar na semana que vem em Havana
do Encontro de Economistas
sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento.
Segundo nota do "Granma",
os presidentes são Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).
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