São Paulo, domingo, 01 de março de 2009

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Exigência de Abbas tumultua processo de união com Hamas

DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou ontem que qualquer tipo de governo de unidade com o Hamas teria que concordar com a solução de dois Estados com Israel, uma exigência rapidamente rejeitada por seus rivais do grupo islâmico que controla Gaza.
A desavença pode emperrar o processo de reconciliação entre o islâmico Hamas e o laico Fatah, que haviam rompido relações em junho de 2007.
As tratativas para a formação de governo após um acordo anunciado na quinta são intermediadas pelo Egito paralelamente ao processo de negociação de paz entre israelenses e palestinos.
Em Ramallah, Abbas declarou ontem: "Caminhamos em passo firme em direção a um governo de unidade que concorde com nossos compromissos, que incluem o conceito de dois Estados e o respeito aos acordos de paz assinados".
Em Gaza, Ayman Taha, dirigente do Hamas reagiu enfaticamente. "Rejeitamos qualquer precondição na formação de um governo de unidade. O Hamas nunca aceitará um governo de unidade que reconheça Israel", declarou ele.
A carta de fundação do Hamas, de 1988, prega a destruição do Estado judaico. A negação do grupo islâmico a reconhecer a existência de Israel faz a facção ser afastada de negociações internacionais. Estados Unidos, União Europeia e Israel se recusam a considerar o Hamas como um interlocutor também em virtude disso.
Assim, as tratativas acerca do fim do bloqueio israelense a Gaza precisam ser negociadas, do lado palestino, pela ANP, que é reconhecida por Israel como interlocutora -daí a importância da reconciliação entre o Fatah e o Hamas.
Já houve esforços anteriores, intermediados por negociadores árabes, para reaproximar os grupos. Mas todos falharam.
O atual processo começou com os dois lados se comprometendo a interromper as prisões de militantes rivais nas áreas que governam. Com agências internacionais


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