São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Por terra, viagem a país exige desvios

DA ENVIADA A SANTIAGO

Aterrados pela perspectiva de serem novamente surpreendidos durante o sono por um terremoto, moradores da capital chilena preferiram passar a madrugada a céu aberto. Fogueiras em frente às casas cumpriam a função de aquecer os insones e também de iluminar os quarteirões ainda sem energia.
Essa era a cena que Santiago oferecia na madrugada do último domingo a quem conseguiu entrar na cidade -por terra, já que o aeroporto estava fechado.
A reportagem da Folha usou o caminho a partir da Argentina, atravessando a fronteira da Província argentina de Mendoza com o Chile, numa viagem que consumiu quatro horas mais do que o habitual.
Três empresas de ônibus argentinas executam esse trajeto. Uma delas suspendeu o serviço na noite de sábado. A travessia das cordilheiras inclui um extenso túnel, que desemboca na Aduana. Cruzá-lo quando o solo se movimenta parece mesmo temerário, mas as autoridades não o interditaram, medida que é comum de maio a setembro.
Na fronteira, os numerosos jornalistas que buscam chegar ao Chile sentem pequenas trepidações, confirmadas pelos funcionários: "Está tremendo o dia todo".
Próximo da entrada em Santiago, as condições da estrada, até então boas, complicam-se. Numerosas interrupções obrigam a desvios e voltas.
O fim do caminho é o lobby do hotel, em que turistas aflitos buscam um transporte que os leve pelo trajeto inverso.


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