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Por terra, viagem a país exige desvios
DA ENVIADA A SANTIAGO
Aterrados pela perspectiva de serem novamente
surpreendidos durante o
sono por um terremoto,
moradores da capital chilena preferiram passar a
madrugada a céu aberto.
Fogueiras em frente às casas cumpriam a função de
aquecer os insones e também de iluminar os quarteirões ainda sem energia.
Essa era a cena que Santiago oferecia na madrugada do último domingo a
quem conseguiu entrar na
cidade -por terra, já que o
aeroporto estava fechado.
A reportagem da Folha
usou o caminho a partir da
Argentina, atravessando a
fronteira da Província argentina de Mendoza com
o Chile, numa viagem que
consumiu quatro horas
mais do que o habitual.
Três empresas de ônibus argentinas executam
esse trajeto. Uma delas
suspendeu o serviço na
noite de sábado. A travessia das cordilheiras inclui
um extenso túnel, que desemboca na Aduana. Cruzá-lo quando o solo se movimenta parece mesmo temerário, mas as autoridades não o interditaram,
medida que é comum de
maio a setembro.
Na fronteira, os numerosos jornalistas que buscam chegar ao Chile sentem pequenas trepidações, confirmadas pelos
funcionários: "Está tremendo o dia todo".
Próximo da entrada em
Santiago, as condições da
estrada, até então boas,
complicam-se. Numerosas interrupções obrigam
a desvios e voltas.
O fim do caminho é o
lobby do hotel, em que turistas aflitos buscam um
transporte que os leve pelo trajeto inverso.
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