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Jornalistas da
Folha deixam a
capital Bagdá
DA REDAÇÃO
Por questões de segurança, o repórter Sérgio Dávila e
o repórter fotográfico Juca
Varella, da Folha, deixaram
Bagdá ontem.
As condições para os jornalistas na capital iraquiana
estão piorando a cada hora.
O controle exercido pelo Ministério da Informação do
país nas atividades permitidas à imprensa estrangeira
está cada vez mais rigoroso.
"Este controle aumentará
ainda mais", disse no sábado
o coordenador da imprensa
estrangeira no Iraque, Udai
Al-Taee. "Não está descartada a retirada de todos os jornalistas em conjunto, se não pudermos garantir a segurança deles."
Os únicos jornalistas brasileiros em Bagdá eram os repórteres da Folha, que passaram os últimos 13 dias na
cidade.
Além disso, devido ao embargo econômico imposto
pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde
1992, é impossível remeter
dinheiro para o Iraque, que
tem seu sistema financeiro
isolado do resto do mundo.
Para continuar na cidade
em segurança, os repórteres
teriam de receber uma remessa de dólares, o que só
pode ser feito na Jordânia.
Nas últimas horas, a sede
do Ministério da Informação, onde se concentravam
os jornalistas estrangeiros,
foi atingida duas vezes pelos
mísseis da coalizão anglo-americana.
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