DA REDAÇÃO

Três terremotos, que causaram nove abalos secundários, deixaram pelo menos 70 pessoas mortas e 1.200 feridas numa região montanhosa do oeste do Irã. A seqüência de tremores deixou ainda milhares de desabrigados.
Autoridades disseram que poderia ter sido pior se, após o primeiro tremor, a polícia não usasse alto-falantes para advertir a população, que deixou suas casas.
Segundo o Centro Sismológico Iraniano, o primeiro tremor atingiu a região das cidades de Boroujerd e Doroud na noite de anteontem e chegou a 4,7 na escala Richter. Seguiram-se um terremoto de magnitude 5,1, por volta das 23h locais (5h30 em Brasília), e outro de 6,1 por volta das 5h, disse a Sociedade de Geologia dos EUA. Os abalos secundários persistiram ao longo do dia.
Ali Barani, chefe do comitê provincial responsável pela emergência, disse que no mínimo 200 vilarejos sofreram danos. Alguns deles foram totalmente destruídos.
Quando anoiteceu, ontem, a população da região foi dormir em carros ou ao relento para afastar a possibilidade de um novo tremor a surpreender em casa. O Crescente Vermelho também distribuiu tendas a moradores.
Tanto o presidente dos EUA, George W. Bush, quanto a secretária de Estado do país, Condoleezza Rice, declararam que os americanos estão dispostos a prover ajuda ao Irã.
"Nós obviamente temos nossas diferenças com o governo do Irã, mas nos importamos com o sofrimento do povo iraniano", disse Bush em Cancún, no México, onde se encontrou com o presidente mexicano, Vicente Fox, e o premiê canadense, Paul Harper.
Entre outros embates diplomáticos, os EUA atualmente articulam a aplicação de sanções sobre o Irã pelo Conselho de Segurança da ONU, em reação ao projeto nuclear iraniano.
Os EUA ajudaram o Irã após um terremoto em 2003 e voltaram a oferecer auxílio em 2005 -ocasião em que o Irã não aceitou.