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Londres reforça segurança para manifestações
DO ENVIADO A LONDRES
Barack Obama pode ser o
presidente da "mudança".
Mas há coisas que jamais
mudam quando um presidente americano se desloca:
uma delas, talvez a mais simbólica, é "A Besta", como é
chamado o Cadillac One, o
carro presidencial equipado
como "uma sala de pânico
sobre rodas", como o trata o
jornal "The Guardian".
Leva armas, como é óbvio,
bombas de gás lacrimogêneo, câmeras para visão noturna e uma penca de bolsas
de sangue tipo AB, o tipo de
sangue do presidente.
Mas há coisas que mudam,
sim: Obama desceu no aeroporto de Stansted, em vez de
Heathrow, o principal aeroporto internacional da Europa. Justamente para evitar o
que aconteceu em viagem de
seu antecessor, George W.
Bush, que prejudicou milhares de passageiros com a interrupção das operações por
motivos de segurança.
Stansted é usado pela aviação executiva e pelas empresas de passagens baratas.
Uma delas, a Ryanair, aproveitou para uma propaganda
nos jornais: "O presidente
Obama prefere Stansted, e
nós também".
Outra coisa que mudou: a
segurança, que sempre é colossal, desta vez é a maior jamais adotada em eventos do
gênero no Reino Unido. Um
dos motivos é o próprio Obama, considerado alvo de
maior risco porque, além de
terroristas e malucos, pode
ser atacado por ativistas da
supremacia branca.
Além disso, o fato de que
estarão em Londres outros
30 governantes ou líderes de
organizações internacionais
força a transformar a cidade
em um bunker. Ontem inúmeras lojas e bancos da City,
o coração financeiro da Europa, estavam com proteções
de madeira em suas vitrinas.
Temem menos os terroristas
e mais os "quatro cavaleiros
do Apocalipse", como se denominam as quatro colunas
de manifestantes que, partindo de pontos diferentes,
confluirão hoje na City.
(CR)
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