São Paulo, quarta-feira, 01 de abril de 2009

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Londres reforça segurança para manifestações

DO ENVIADO A LONDRES

Barack Obama pode ser o presidente da "mudança". Mas há coisas que jamais mudam quando um presidente americano se desloca: uma delas, talvez a mais simbólica, é "A Besta", como é chamado o Cadillac One, o carro presidencial equipado como "uma sala de pânico sobre rodas", como o trata o jornal "The Guardian".
Leva armas, como é óbvio, bombas de gás lacrimogêneo, câmeras para visão noturna e uma penca de bolsas de sangue tipo AB, o tipo de sangue do presidente.
Mas há coisas que mudam, sim: Obama desceu no aeroporto de Stansted, em vez de Heathrow, o principal aeroporto internacional da Europa. Justamente para evitar o que aconteceu em viagem de seu antecessor, George W. Bush, que prejudicou milhares de passageiros com a interrupção das operações por motivos de segurança.
Stansted é usado pela aviação executiva e pelas empresas de passagens baratas. Uma delas, a Ryanair, aproveitou para uma propaganda nos jornais: "O presidente Obama prefere Stansted, e nós também".
Outra coisa que mudou: a segurança, que sempre é colossal, desta vez é a maior jamais adotada em eventos do gênero no Reino Unido. Um dos motivos é o próprio Obama, considerado alvo de maior risco porque, além de terroristas e malucos, pode ser atacado por ativistas da supremacia branca.
Além disso, o fato de que estarão em Londres outros 30 governantes ou líderes de organizações internacionais força a transformar a cidade em um bunker. Ontem inúmeras lojas e bancos da City, o coração financeiro da Europa, estavam com proteções de madeira em suas vitrinas. Temem menos os terroristas e mais os "quatro cavaleiros do Apocalipse", como se denominam as quatro colunas de manifestantes que, partindo de pontos diferentes, confluirão hoje na City. (CR)


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