São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Membro de delegação de Obama pode ter pegado vírus

Presidente não exibe sintomas nem foi testado

ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

Enquanto o número de casos confirmados da gripe suína nos EUA chegou, segundo a OMS, a 109 -118 na contagem das autoridades sanitárias americanas- em 11 Estados diferentes ontem, a preocupação se voltou para a segurança do presidente Barack Obama.
A Casa Branca revelou a suspeita de que um membro da delegação oficial que esteve no México no começo deste mês contraíra o vírus H1N1.
O indivíduo em questão trabalhou na segurança do secretário da Energia, Steven Chu, durante a visita da equipe governamental ao México no dia 16 deste mês.
Segundo relatou a Casa Branca, ele chegou ao México no dia 13, começou a apreentar sintomas de gripe suína no dia 16 e retornou aos EUA dois dias depois.
Acredita-se que tenha contaminado sua mulher, o filho e um sobrinho com o H1N1. Todos tiveram sintomas leves ou moderados e se recuperaram sem o uso de medicação.
O porta-voz da Presidência, Robert Gibbs, afirmou que o funcionário não viajou no Air Force One, o avião presidencial, mas foi a um jantar na Cidade do México no qual Obama estava presente. Não ficou, porém, em momento algum a menos de dois metros do presidente, que não apresentou qualquer sintoma e tampouco chegou a ser testado.
O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA ainda está fazendo testes para determinar com certeza se o tipo de vírus que infectou a família é o da gripe suína. Exames preliminares foram positivos para a mulher, o filho e o sobrinho, mas não para o funcionário, provavelmente devido ao longo tempo passado entre os sintomas e a execução do testes.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, também causou polêmica ao dizer na TV que desaconselharia seus familiares de viajarem de avião ou tomarem metrô. Depois, o comentário foi retificado por membros do governo, para quem só pessoas com sintomas de gripe devem evitar lugares fechados.
A gripe suína já causou uma morte no país, a de um bebê mexicano que visitava parentes no Texas.
O Estado já tem cerca de 133 mil crianças sem ir à escola devido à suspensão de aulas em vários condados, e é o segundo em número de casos confirmados, com 26. O primeiro é Nova York, cujo número foi rebaixado ontem de 51 para 50, na contagem do CDC.


Texto Anterior: Casos suspeitos no Brasil sobem para 4
Próximo Texto: Foco: Argentinos presos no México fazem "escala" no Brasil para voltar à casa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.