São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011 |
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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. "Governador-galã" é aposta da oposição a Hugo Chávez Henrique Carriles, 38, lança pré-candidatura e diz "não ter medo" do presidente; oposicionistas escolhem candidato em fevereiro FLÁVIA MARREIRO ENVIADA ESPECIAL A GUATIRE Com pinta de galã esportistas, camisa polo e boné com as cores da Venezuela, o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, 38, falou por duas horas com um grupo que lhe pedia de casas a tratamento médico. Foi na sexta, após comandar a entrega de crédito para material de construção numa zona pobre de Guatire, região metropolitana de Caracas. "Ele é belo. E muito humano", dizia momentos antes Yareli Fernández, 29, mãe de quatro filhos que recebera US$ 4.500 em crédito. Capriles é solteiro, não raro se desloca de moto pela cidade, e, por seu perfil, frequenta tanto o noticiário político como o de celebridades -namorou por anos a apresentadora da versão latina do programa "American Idol". O de sexta era um evento modesto -três tendas armadas para cerca de 300 pessoas-, mas Capriles aposta na reprodução diária dele para pavimentar seu caminho à Presidência venezuelana. "Vou ser candidato. Anunciarei na semana que vem", disse à Folha o governador, encerrando semanas de evasivas sobre o tema. Capriles, do partido Primeiro Justiça, vai disputar a vaga de candidato da coalizão anti-Chávez nas inéditas primárias anunciadas para fevereiro. Segundo os principais analistas e as esparsas pesquisas sobre o tema, ele é o mais forte nome da contenda interna hoje e um dos governadores mais bem avaliados. "Todas as vezes em que tive de enfrentar Chávez, ganhei. Não tenho medo dele." O confiante Capriles fala com a moral de quem ajudou a oposição a vencer o chavismo em Miranda na contagem geral de votos das eleições parlamentares de setembro. Foram 200 mil votos de diferença, um recorde no país. Ele e seu partido defenderam, sem sucesso, que a escolha do oposicionista ocorresse neste ano. Afinal, Chávez é candidato único até agora e, após 12 anos de poder, tem 50% de aprovação. No que já virou espécie de clichê na região, Capriles diz que sua inspiração será o governo Lula. Diz que também fugirá de qualquer esforço para enquadrá-lo como integrante da elite venezuelana. O sobrenome Capriles batiza um grande conglomerado de mídia da Venezuela. Seu primo-irmão, que o iniciou na política, é acionista do grupo, no qual o governador diz não ter influência. "Não sou rico de berço. Meus avôs Radonski chegaram aqui fugindo do Holocausto, com uma mala de roupa." Texto Anterior: Prisão de suspeito de vazar papéis gera críticas a Obama Próximo Texto: PIB da América Latina tem maior alta em 3 décadas Índice | Comunicar Erros |
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