São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Prisão virou sinônimo de abusos

DA REDAÇÃO

O episódio envolvendo os fuzileiros navais evoca o escândalo de Abu Ghraib, prisão e centro de torturas da ditadura de Saddam Hussein, na qual os Estados Unidos, depois da ocupação do Iraque, mantiveram simultaneamente até 7.000 suspeitos de vínculos com a insurgência.
Localizada a 32 km a oeste de Bagdá, a prisão virou notícia em abril de 2004, quando a revista "New Yorker" e o programa da TV americana "60 Minutes" trouxeram reportagens sobre atos de tortura praticados por militares americanos.
Diante do escândalo, o Pentágono removeu 17 suspeitos e processou sete em corte marcial. Foram todos sentenciados e expulsos com desonra das Forças Armadas. Entre os réus estavam os soldados Charles Graner e sua então namorada, Lynndie England, que hoje cumprem penas de dez anos e três anos de prisão, respectivamente.
A general-de-brigada Janis Karpinski, responsável por Abu Ghraib, foi rebaixada à patente de coronel em 2005 e transferida para a reserva. Tornou-se a oficial de mais alta patente a ser punida durante a Guerra do Iraque.
O caso foi amplamente condenado por entidades de direitos humanos, dentro e fora dos Estados Unidos. As fotografias de torturas e cenas degradantes -feitas com leviandade e como brincadeira pelos próprios torturadores, com suas câmeras digitais- deram maior dramaticidade ao caso e foram rapidamente divulgadas em sites da internet.


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