São Paulo, quarta-feira, 01 de julho de 2009

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Zelaya diz que terá companhia de Cristina e Correa na volta ao país

DE NOVA YORK

O presidente deposto Manuel Zelaya não concedeu ontem, durante entrevista coletiva na sede das Nações Unidas, em Nova York, maiores explicações sobre como pretende retomar o poder em Honduras, mas afirmou que não voltará ao país sozinho.
Zelaya disse que regressará a Honduras amanhã ao lado dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Rafael Correa (Equador), além do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e do presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto.
Principal aliado internacional de Zelaya, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem em Manágua (Nicarágua) que não acompanhará o hondurenho na viagem de regresso ao país "por prudência".
"Gostaria de acompanhar Mel [apelido de Zelaya], mas não devo porque dizem que sou o culpado de tudo [a crise em Honduras]. Então minha presença pode ser tomada como desculpa para cenários violentos", disse.
Questionado se teria algum tipo de proteção para regressar ao país, Zelaya afirmou que só conta com "o sangue de Cristo, minhas convicções e minha conduta de uma vida inteira". Zelaya não explicou como pretende convencer os militares que o depuseram a reconhecê-lo no cargo de presidente sem que haja uma onda de violência no país, mas disse que o apoio dos EUA a ele será fundamental para que volte ao poder.
O presidente deposto afirmou que o uso da violência é "ilegítimo" e que a atual situação de Honduras é de "paralisia", com efeitos na economia e na presença de embaixadores no país. Disse viver um paradoxo ao ser convidado para discursar diante dos 192 países membros da ONU e não ter liberdade para falar no país em que foi eleito presidente.0 (JL)


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