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Zelaya diz que terá companhia de Cristina e Correa na volta ao país
DE NOVA YORK
O presidente deposto Manuel Zelaya não concedeu ontem, durante entrevista coletiva na sede das Nações Unidas,
em Nova York, maiores explicações sobre como pretende retomar o poder em Honduras,
mas afirmou que não voltará ao
país sozinho.
Zelaya disse que regressará a
Honduras amanhã ao lado dos
presidentes Cristina Kirchner
(Argentina) e Rafael Correa
(Equador), além do secretário-geral da OEA (Organização dos
Estados Americanos), José Miguel Insulza, e do presidente da
Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto.
Principal aliado internacional de Zelaya, o presidente da
Venezuela, Hugo Chávez, disse
ontem em Manágua (Nicarágua) que não acompanhará o
hondurenho na viagem de regresso ao país "por prudência".
"Gostaria de acompanhar
Mel [apelido de Zelaya], mas
não devo porque dizem que sou
o culpado de tudo [a crise em
Honduras]. Então minha presença pode ser tomada como
desculpa para cenários violentos", disse.
Questionado se teria algum
tipo de proteção para regressar
ao país, Zelaya afirmou que só
conta com "o sangue de Cristo,
minhas convicções e minha
conduta de uma vida inteira".
Zelaya não explicou como pretende convencer os militares
que o depuseram a reconhecê-lo no cargo de presidente sem
que haja uma onda de violência
no país, mas disse que o apoio
dos EUA a ele será fundamental para que volte ao poder.
O presidente deposto afirmou que o uso da violência é
"ilegítimo" e que a atual situação de Honduras é de "paralisia", com efeitos na economia e
na presença de embaixadores
no país. Disse viver um paradoxo ao ser convidado para discursar diante dos 192 países
membros da ONU e não ter liberdade para falar no país em
que foi eleito presidente.0
(JL)
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