São Paulo, quarta-feira, 01 de julho de 2009

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Democratas obtêm "supermaioria" no Senado americano

Corte Suprema de Minnesota declara Al Franken vencedor do pleito no Estado e dá ao partido de Obama 60% dos assentos

Disputa legal chega ao fim depois de 8 meses; decisão beneficia o presidente, mas agenda no Congresso não terá aprovação automática


DA REDAÇÃO

Depois de oito meses de disputa judicial, a Corte Suprema do Estado americano de Minnesota deu ontem ao democrata Al Franken a última cadeira vaga no Senado dos EUA.
A decisão garante ao presidente Barack Obama aliados em 60 dos 100 assentos da Casa -a "supermaioria", que impede manobras regimentais da oposição republicana para emperrar as votações polêmicas.
Franken disputava a vaga desde as eleições de novembro com Norm Coleman -por conta de pedidos de recontagens de voto e ações na Justiça-, até a decisão de ontem, que dá vitória ao democrata por diferença de 312 votos, num total de 2,9 milhões. O republicano disse que cumprirá a determinação da Corte e abdicará da vaga.
Franken, 58, ex-comediante do programa "Saturday Night Live" e comentarista de viés progressista, nunca havia concorrido a um cargo público.
Há três décadas os democratas não contavam com uma maioria tão expressiva no Senado, o que permite, em tese, a aprovação de leis sem nenhum voto da oposição.
No entanto, analistas alertam que isso não significa que todos os projetos de Obama passarão com facilidade -muitos dos democratas têm orientação mais conservadora do que o presidente, e o partido tradicionalmente não vota todo junto. "[Os democratas] não se movem como uma manada", disse à agência Reuters Ethan Siegal, do instituto de pesquisas Washington Exchange.
Além disso, há dois senadores democratas adoentados, que têm faltado a sessões.
A "supermaioria" depende ainda dos independentes Joe Lieberman e Bernie Sanders, que geralmente se alinham ao partido do presidente, e de Arlen Specter -que em abril trocou o Partido Republicano pelo Democrata, mas disse que não necessariamente votará com a sua nova legenda.
Obama -que também tem maioria na Câmara- já declarara que não esperava a aprovação automática no Senado de todos os projetos de sua agenda. De fato, em maio, os senadores democratas vetaram US$ 80 milhões que seriam usados pelo presidente para realocar os presos da base militar de Guantánamo (Cuba).

Com agências internacionais



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