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Democratas obtêm "supermaioria" no Senado americano
Corte Suprema de Minnesota declara Al Franken vencedor do pleito no Estado e dá ao partido de Obama 60% dos assentos
Disputa legal chega ao fim depois de 8 meses; decisão beneficia o presidente, mas agenda no Congresso não terá aprovação automática
DA REDAÇÃO
Depois de oito meses de disputa judicial, a Corte Suprema
do Estado americano de Minnesota deu ontem ao democrata Al Franken a última cadeira
vaga no Senado dos EUA.
A decisão garante ao presidente Barack Obama aliados
em 60 dos 100 assentos da Casa
-a "supermaioria", que impede manobras regimentais da
oposição republicana para emperrar as votações polêmicas.
Franken disputava a vaga
desde as eleições de novembro
com Norm Coleman -por conta de pedidos de recontagens de
voto e ações na Justiça-, até a
decisão de ontem, que dá vitória ao democrata por diferença
de 312 votos, num total de 2,9
milhões. O republicano disse
que cumprirá a determinação
da Corte e abdicará da vaga.
Franken, 58, ex-comediante
do programa "Saturday Night
Live" e comentarista de viés
progressista, nunca havia concorrido a um cargo público.
Há três décadas os democratas não contavam com uma
maioria tão expressiva no Senado, o que permite, em tese, a
aprovação de leis sem nenhum
voto da oposição.
No entanto, analistas alertam que isso não significa que
todos os projetos de Obama
passarão com facilidade -muitos dos democratas têm orientação mais conservadora do
que o presidente, e o partido
tradicionalmente não vota todo junto. "[Os democratas] não
se movem como uma manada",
disse à agência Reuters Ethan
Siegal, do instituto de pesquisas Washington Exchange.
Além disso, há dois senadores democratas adoentados,
que têm faltado a sessões.
A "supermaioria" depende
ainda dos independentes Joe
Lieberman e Bernie Sanders,
que geralmente se alinham ao
partido do presidente, e de Arlen Specter -que em abril trocou o Partido Republicano pelo
Democrata, mas disse que não
necessariamente votará com a
sua nova legenda.
Obama -que também tem
maioria na Câmara- já declarara que não esperava a aprovação automática no Senado de
todos os projetos de sua agenda. De fato, em maio, os senadores democratas vetaram US$
80 milhões que seriam usados
pelo presidente para realocar
os presos da base militar de
Guantánamo (Cuba).
Com agências internacionais
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