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Para Peres, Líbano paga ambição do Irã
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
"O Líbano paga o preço
das ambições nucleares do
Irã. O Hizbollah quer
construir um novo país
nos modelos iranianos, e
os aiatolás querem conquistar e expandir o regime persa no Oriente Médio. Agem como Hitler."
A declaração é do vice-premiê israelense Shimon
Peres, 83, ex-líder trabalhista que aderiu ao Kadima e Prêmio Nobel da Paz.
"Não queremos atacar o
Irã, mas se precisar, atacaremos", completou. Peres
esteve ontem em Nova
York e falou para uma platéia de analistas e cientistas políticos.
No dia em que Israel
quebrou a trégua de 48 horas, o vice-premiê disse
que Israel levará o conflito
até a libertação dos dois
soldados seqüestrados por
militantes do Hizbollah e
o desarmamento do grupo
xiita.
"Vamos além disso. O
Irã está de conluio com a
Síria e de olho no Iraque.
Se o mal vencesse seria
uma catástrofe em termos
de liberdade e de conquistas. Não vamos permitir
que a bomba [atômica]
caia nas mãos de terroristas", avaliou.
Peres atribui a um "erro
comum de guerra" a morte
de 37 crianças e quatro observadores da ONU. "O
Hizbollah usa escudos humanos para proteger seus
mísseis. A distância foi
medida, eram 300 metros,
o que é seguro. Vamos investigar as causas do acidente".
O vice-premiê diz haver
um "quarteto do mal"
composto pelo Hamas, pelo Hizbollah, pelo ditador
sírio, Bashar al Assad, e pelo presidente iraniano,
Mahmoud Ahmadinejad.
"Sairemos vitoriosos, apesar das dificuldades e dos
aiatolás irresponsáveis."
Peres não vê fim para o
conflito no curto prazo. "A
vitória é a paz. Não somos
Napoleão. Somos [o impressionista francês Claude] Monet. Não temos
apetite por território."
"O islã precisa passar
por uma revolução. Até [o
ditador líbio Muammar]
Gaddafi mudou", concluiu
Peres.
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