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outro lado
Defesa nega infração e vê ação política
DE BUENOS AIRES
O Ministério da Defesa
argentino não quis comentar as afirmações do
juiz Guillermo Tiscornia e
disse que já se pronunciou
oficialmente sobre o caso
em nota do último dia 19.
Na nota, o ministério diz
que a exportação de fuzis
aos EUA foi aprovada pela
Comissão Nacional de Exportações Sensíveis e que
a Defesa apenas cumpriu
seu papel de divulgar uma
resolução com o que fora
decidido pela comissão.
"É sugestivo que um
juiz, horas antes de o conselho da Magistratura se
dispor a tratar de uma acusação contra ele por gravíssimos atos de corrupção, convoque um funcionário do governo nacional
se valendo de um procedimento inusual e inexplicável", segue o texto.
O órgão cita as providências que tomou assim
que soube do início da causa. "O ministério, por iniciativa da dra. Garré, pôs
nas mãos do juiz toda a informação disponível, não
somente a que ele pediu.
Esse procedimento constitui uma posição de absoluta colaboração com a
Justiça", diz a nota.
Em declarações dadas
após ter sido convocada
para depor, Garré disse
que o juiz estava exagerando no tom motivado pela
proximidade da campanha eleitoral e alegou desconhecimento técnico como motivo para ter assinado a resolução autorizando a venda dos fuzis.
"O preço não me chamou a atenção porque não
conheço o tema", afirmou.
A primeira-dama e candidata à Presidência, Cristina Kirchner, também
saiu em defesa da ministra
em entrevista à CNN: "Essa acusação não tem nada
a ver com a realidade. Foi
feita por um juiz que é acusado de pedir propina e
que já foi salvo de perder o
cargo pelo menemismo,
mas depois reincidiu no
erro".
(RODRIGO RÖTZSCH)
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