São Paulo, quarta-feira, 01 de agosto de 2007

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outro lado

Defesa nega infração e vê ação política

DE BUENOS AIRES

O Ministério da Defesa argentino não quis comentar as afirmações do juiz Guillermo Tiscornia e disse que já se pronunciou oficialmente sobre o caso em nota do último dia 19.
Na nota, o ministério diz que a exportação de fuzis aos EUA foi aprovada pela Comissão Nacional de Exportações Sensíveis e que a Defesa apenas cumpriu seu papel de divulgar uma resolução com o que fora decidido pela comissão.
"É sugestivo que um juiz, horas antes de o conselho da Magistratura se dispor a tratar de uma acusação contra ele por gravíssimos atos de corrupção, convoque um funcionário do governo nacional se valendo de um procedimento inusual e inexplicável", segue o texto.
O órgão cita as providências que tomou assim que soube do início da causa. "O ministério, por iniciativa da dra. Garré, pôs nas mãos do juiz toda a informação disponível, não somente a que ele pediu. Esse procedimento constitui uma posição de absoluta colaboração com a Justiça", diz a nota.
Em declarações dadas após ter sido convocada para depor, Garré disse que o juiz estava exagerando no tom motivado pela proximidade da campanha eleitoral e alegou desconhecimento técnico como motivo para ter assinado a resolução autorizando a venda dos fuzis.
"O preço não me chamou a atenção porque não conheço o tema", afirmou.
A primeira-dama e candidata à Presidência, Cristina Kirchner, também saiu em defesa da ministra em entrevista à CNN: "Essa acusação não tem nada a ver com a realidade. Foi feita por um juiz que é acusado de pedir propina e que já foi salvo de perder o cargo pelo menemismo, mas depois reincidiu no erro". (RODRIGO RÖTZSCH)


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