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IMIGRAÇÃO
Em estado de emergência, Itália recebe cerca de 800 clandestinos
Em Roma, Berlusconi e presidente da Romênia tratam dos ciganos no país
DA REDAÇÃO
Cerca de 800 imigrantes ilegais aportaram ontem em uma
pequena ilha italiana em menos de 12 horas, provocando a
saturação do centro de recolhimento da região. Na última sexta, o governo de centro-direita
do premiê Silvio Berlusconi havia declarado estado de emergência em todo o país devido ao
aumento da imigração ilegal.
Os imigrantes chegaram separadamente à ilha de Lampedusa. Em uma única embarcação de 17 metros estavam 339
deles, sendo 47 mulheres e 4
crianças. Os demais foram interceptados em grupos menores. Aparentemente, todos são
provenientes da África e partiram da costa da Líbia.
A chegada dos imigrantes reforça o discurso governista, que
aponta um incremento na imigração clandestina como justificativa para estender o estado
de emergência para todo o país
-as regiões de Sicília, Calábria
e Púglia, no sul, já se encontravam nessa situação.
Segundo números oficiais,
mais de 10 mil ilegais entraram
no país só no primeiro semestre, contra pouco mais de 5.000
no mesmo período de 2007.
Também ontem, o presidente da Romênia, Traian Basescu,
encontrou-se com Berlusconi
na Itália. Ao lado do premiê,
Basescu disse não acreditar que
os romenos estejam sendo discriminados, embora discorde
de algumas das políticas adotadas em relação a eles, boa parte
dos quais ciganos.
"O governo romeno não
aprova grande parte das medidas tomadas pela Itália", mas
"não existe um comportamento negativo contra a comunidade romena", disse Basescu, procurando não polemizar em entrevista coletiva conjunta. Berlusconi tratou de atribuir a má
recepção às medidas adotadas
por seu governo a uma "desinformação absoluta".
A comunidade cigana na Itália vem sendo submetida a recolhimento de impressões digitais, alegadamente para permitir que as crianças sem documento possam freqüentar a escola. Mas as medidas são consideradas discriminatórias por,
entre outros, ONU, União Européia e Vaticano.
O governo de Berlusconi, que
assumiu em maio, promove
uma ofensiva contra a imigração clandestina, sobretudo da
africana e do Leste Europeu,
por considerá-la causa do aumento da criminalidade.
Com agências internacionais
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