São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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CUBA

Fidel faz mea-culpa sobre punição a homossexuais na década de 60

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - O ex-ditador cubano Fidel Castro admitiu ontem que seu governo perseguiu homossexuais entre 1960 e o começo dos anos 1970. "Aqueles foram momentos de grande injustiça, grande injustiça!", disse ao jornal mexicano "La Jornada".
Na entrevista, Fidel disse que foi um erro demitir membros homossexuais do governo e enviar gays e lésbicas para campos de trabalho.
"Sim, nós fizemos isso", disse. Para em seguida completar: "Eu estou tentando limitar minha responsabilidade nisso tudo, porque, óbvio, eu pessoalmente não tenho esse tipo de preconceito".
Porém, ao ser pressionado para dizer se foi o Partido Comunista ou alguma outra entidade que estava por trás das perseguições, Castro disse: "Não. Se alguém é responsável, sou eu".
Segundo Fidel, eventos como a crise dos mísseis, em 1962, impediram que as perseguições fossem paralisadas. "Tínhamos tantos e tão terríveis problemas, problemas de vida ou morte, que não prestamos atenção suficiente."
Campanhas do governo agora desencorajam a homofobia, e o Estado cubano já paga por operações de mudança de sexo para transexuais.
Mariela, sobrinha de Fidel e filha do atual líder do regime, Raúl Castro, é atualmente uma das lideranças dos direitos homossexuais no país. Numa série de entrevistas entre 2003 e 2005, Fidel disse que os "velhos preconceitos " serão cada vez mais "coisas do passado".


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