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CUBA
Fidel faz mea-culpa sobre punição a homossexuais na década de 60
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - O
ex-ditador cubano Fidel Castro admitiu ontem que seu governo perseguiu homossexuais entre 1960 e o começo
dos anos 1970. "Aqueles foram
momentos de grande injustiça, grande injustiça!", disse ao
jornal mexicano "La Jornada".
Na entrevista, Fidel disse
que foi um erro demitir membros homossexuais do governo e enviar gays e lésbicas para campos de trabalho.
"Sim, nós fizemos isso", disse. Para em seguida completar: "Eu estou tentando limitar
minha responsabilidade nisso
tudo, porque, óbvio, eu pessoalmente não tenho esse tipo
de preconceito".
Porém, ao ser pressionado
para dizer se foi o Partido Comunista ou alguma outra entidade que estava por trás das
perseguições, Castro disse:
"Não. Se alguém é responsável, sou eu".
Segundo Fidel, eventos como a crise dos mísseis, em
1962, impediram que as perseguições fossem paralisadas.
"Tínhamos tantos e tão terríveis problemas, problemas de
vida ou morte, que não prestamos atenção suficiente."
Campanhas do governo
agora desencorajam a homofobia, e o Estado cubano já paga por operações de mudança
de sexo para transexuais.
Mariela, sobrinha de Fidel e
filha do atual líder do regime,
Raúl Castro, é atualmente uma
das lideranças dos direitos homossexuais no país. Numa série de entrevistas entre 2003 e
2005, Fidel disse que os "velhos preconceitos " serão cada
vez mais "coisas do passado".
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