São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

DIÁRIO DE TRÍPOLI

Feira e loja de grife mostram capital que ressuscita

DOS ENVIADOS A TRÍPOLI

O retrato mais eloquente da gradual normalização da vida em Trípoli é a feira de legumes que vimos ontem na capital. É um caótico aglomerado de caixas debaixo de um viaduto.
Havia centenas de pessoas no local, quase só homens -em boa parte do mundo árabe, cuidar das compras é tarefa para o pai de família. Feira cheia significa muita coisa.
Primeiro, indica a retomada da atividade econômica. Segundo, mostra que os canais de produção e abastecimento de mercadorias voltaram a funcionar, ao menos parcialmente. Havia tomates, batatas, melancias, uvas e outros produtos disponíveis. Terceiro, prova que as pessoas perderam o medo de sair de casa. Ainda há relatos de incidentes violentos isolados, mas o pânico se foi.
O comércio de verduras não é o único a ressuscitar. Há cada vez mais lojas abertas, mesmo no atual feriado de fim de Ramadã, o mês sagrado no qual os muçulmanos se abstêm de comer, beber e fumar do amanhecer ao pôr do sol.
O que mais se vê são lojas de roupas e sapatos. Há oferta para todos os gostos e bolsos. Vitrines com vestidos de festa berrantes até fachadas de grifes como Diesel.
As praças e ruas têm cada vez mais gente. Descobrimos uma capital mais alegre. Mas ainda faltam água e luz em muitos bairros. A gasolina é escassa e custa 20 vezes o preço habitual. (SAMY ADGHIRNI E APU GOMES)


Texto Anterior: Acuado, filho de Gaddafi rejeita rendição
Próximo Texto: Líbia tem que seguir modelo 'inclusivo' para a redemocratização
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.