São Paulo, sábado, 01 de outubro de 2011

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Em Londres, Lula critica atuação de europeus na crise

DE LONDRES

Em seminário promovido pela revista "The Economist" em Londres, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer críticas aos líderes europeus por não tomarem as medidas necessárias para resolver a crise.
Num discurso que durou 38 minutos, Lula disse que "não é bom tomar decisões econômicas de olho em pesquisas eleitorais". Era uma crítica principalmente à chanceler alemã, Angela Merkel, que tem perdido popularidade interna e resiste a aprovar medidas para ajudar países endividados da zona do euro, como Grécia e Itália.
"Quanto custaria para a Europa ter resolvido o problema da Grécia há dois anos? E olha o que a crise lá está causando para o mundo", declarou o ex-presidente.
"Muitos dirigentes hoje não têm experiências com crises. Crises se resolvem com medidas políticas, não econômicas", acrescentou.
O ex-presidente brasileiro sugeriu uma saída óbvia para a estagnação econômica: o aumento do consumo mundial. Para ele, Europa e EUA deveriam financiar o aumento do mercado consumidor em países como China, Índia e africanos, para que eles comprassem produtos do chamado Primeiro Mundo.

PROTECIONISMO
No discurso, Lula afirmou que o mundo precisa agir globalmente e que não é hora de medidas protecionistas.
Mas, em entrevista na saída, não quis criticar o Brasil, que elevou o Imposto sobre Produtos Industrializados de carros importados. A medida desagradou à China, que ameaça reclamar na Organização Mundial do Comércio. (VAGUINALDO MARINHEIRO)



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