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Rice pede que Israel alivie "humilhação" palestina
Secretária pede que dois lados voltem a negociar
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, fez
ontem um apelo para que israelenses e palestinos aproveitem
o frágil cessar-fogo em vigor
desde o fim de semana na faixa
de Gaza para retomar as negociações de paz. Em um tom
contundente, ela pediu de Israel um "alívio" para as "dificuldades e a humilhação dos
palestinos".
Rice se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud
Abbas, em Jericó (Cisjordânia),
e em seguida foi a Jerusalém
para um encontro com o premiê israelense, Ehud Olmert.
"[O cessar-fogo] É bastante
frágil, e gostaríamos de vê-lo
consolidado e ampliado", disse,
após reunir-se com Olmert.
Horas antes, ao lado de Abbas, a
secretária havia dito: "Podemos usar esse momento para
acelerar nossos esforços em direção à solução de dois Estados
que todos nós desejamos".
"A criação de um Estado palestinos viável, independente,
democrático e em paz ao lado
de Israel não será apenas uma
conquista notável, mas uma
conquista justa", acrescentou.
Na noite de sábado, líderes
israelenses e palestinos fecharam um inesperado cessar-fogo
para para pôr fim a cinco meses
de combates na faixa de Gaza,
iniciados depois do seqüestro
de um soldado israelense.
Negociações de paz entre israelenses e palestinos, mediadas pelos EUA, terminaram
sem acordo, em 2000, e o governo de George W. Bush não
deu prioridade ao diálogo entre
os dois lados. As perspectivas
de negociações acabaram após
a vitória do grupo islâmico Hamas nas eleições de janeiro. O
Hamas prega a destruição de
Israel.
Agora, com a piora na situação no Iraque e o fortalecimento, no Líbano, do grupo islâmico Hizbollah, as pressões para
um acordo entre israelenses e
palestinos, visto como meio de
reduzir as tensões no Oriente
Médio, voltam a aumentar.
Um gabinete palestino que
reconheça o direito à existência
de Israel é uma das condições
para o diálogo impostas por israelenses e americanos. Mas,
ontem, Abbas disse que fracassaram as negociações entre seu
partido, o secular Fatah, e o Hamas para um governo de unidade. "Chegamos à conclusão de
que as portas estão fechadas",
disse. O premiê Ismail Haniyeh, do Hamas, negou a interrupção das conversas.
Com agências internacionais
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