São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Ex-assentamentos viram terreno baldio

DO ENVIADO A GAZA

Hostil à ideia de reconhecer Israel e distante de um acordo que leve à reconciliação política entre os palestinos, o Hamas se prepara para um longo isolamento.
Um plano é distribuir as terras que faziam parte dos antigos assentamentos judeus e estimular plantações.
"Esperamos ser autossustentáveis em alimentos em três anos", diz o porta-voz do Hamas, Fawzi Bahroum.
A agricultura sempre foi uma das principais atividades da faixa de Gaza. O bloqueio israelense causou grandes danos ao setor, devido ao veto à entrada de insumos e principalmente às restrições à exportação.
Segundo a FAO (agência de alimentos da ONU), entre dezembro de 2009 e maio de 2010, só 118 caminhões com morangos, um dos principais produtos de Gaza, tiveram permissão para deixar o território -contra 70 diários antes do bloqueio.
Nas últimas semanas, Israel abriu um pouco a fresta para o escoamento da produção de flores.
Em 2005, Israel desmantelou os 21 assentamentos de Gaza, retirou 8.500 colonos judeus e pôs fim a 38 anos de presença militar. A maioria das casas foram destruídas, assim como boa parte das estufas agrícolas.
Cinco anos depois, a maior parte da área evacuada não foi replantada, e grandes terrenos baldios cobertos de lixo dominam o cenário.
Alguns poucos prédios administrativos foram deixados de pé por Israel e hoje são usados como instalações da Universidade Al Aqsa, que serve a 18 mil estudantes.
Segundo Rafik Abu Warda, diretor da universidade, o bloqueio prejudica os estudos, já que falta material escolar e sobretudo produtos de construção para a ampliação do campus.(MN)


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