São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011 |
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
TV norte-coreana passa filme ocidental pela 1ª vez Regime mostra "Driblando o destino", sobre futebol; ditador é fã de cinema No entanto, comédia foi cortada pela metade antes de ir ao ar, porque tem temas de religião e de homossexualismo DAVID BATTY DO "GUARDIAN" "Driblando o destino" (título brasileiro de "Bend it like Beckham") se tornou o primeiro filme ocidental a ser exibido na televisão da Coreia do Norte. Mas a exibição, feita em 26 de dezembro, foi editada e reduzida para uma versão de apenas uma hora, ao invés dos 112 minutos originais. O filme, rodado em 2002, é sobre uma adolescente fanática por futebol que desrespeita sua família indiana tradicional por idolatrar o jogador inglês David Beckham e integrar um time feminino. Apesar de "Driblando o destino" ser sobre um esporte amado pelos norte-coreanos, o filme também aborda temas tabus, como relacionamentos inter-raciais, homossexualidade e religião. Em uma mensagem no Twitter, o embaixador do Reino Unido na Coreia do Sul, Martin Uden, disse que a transmissão foi "o primeiro filme ocidental a ser exibido na TV" na Coreia do Norte. A embaixada britânica organizou tudo, afirmou. Durante o filme, uma mensagem dizia que a exibição marcava o décimo aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Reino Unido e o país. O ditador Kim Jong-il é um cinéfilo fanático. Durante anos, ele dirigiu seus próprios filmes de propaganda. Mas o ditador está por trás da detenção de um importante cineasta sul-coreano e de sua mulher em 1978. O cineasta foi "reeducado" na prisão e depois libertado e autorizado a voltar a filmar, mas acabou fugindo do regime durante uma viagem ao Vietnã em 1986. Texto Anterior: Luiz Carlos Bresser Pereira: Deus foi brasileiro no governo Lula Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |