DA REDAÇÃO

A peregrinação a Meca (Hajj) é um dos cinco pilares fundamentais do islamismo: testemunhar que "não há deus senão Deus, e Muhammad é o mensageiro de Deus"; orar cinco vezes ao dia em direção a Meca; pagar um tributo que corresponde a 2,5% da renda anual para caridade; jejuar no Ramadã (mês sagrado) e realizar o Hajj ao menos uma vez na vida.
O número de visitantes é tão grande que o governo saudita exige que o "hajji" (aquele que já fez o Hajj) espere pelo menos cinco anos para repetir a peregrinação. O Hajj ocorre no último mês do calendário islâmico, que segue o ciclo lunar -os muçulmanos estão no ano 1424.
Antes de entrar em Meca, os peregrinos devem vestir uma roupa especial: pedaços de pano sem costura. As mulheres deixam descobertos apenas o rosto e as mãos. Nesse estado de purificação, segundo o islamismo, todos os peregrinos estão proibidos de provocar brigas ou manter relações sexuais.
Durante o Hajj, há diversos rituais, incluindo a escalada do monte Arafat, onde acredita-se que o profeta Muhammad fez seu último sermão, no ano 632, e o apedrejamento de três pilares de 18 metros de altura que marcam o lugar onde Satanás teria aparecido em três diferentes ocasiões: primeiro para o profeta Abraão, depois para Hagar, sua mulher, e por fim para Ismael, seu filho.
Os peregrinos devem arremessar pedras nos pilares sete vezes, exclamando "bismillah" (em nome de Deus) e "Allahu Akbar" (Deus é o maior). O apedrejamento marca o início do Eid al Adha (cerimônia do sacrifício), em que os fiéis matam um animal (camelo, vaca ou, geralmente, carneiro) e distribuem a carne aos pobres. O Eid al Adha comemora o sacrifício que Deus exigiu de Abraão para testar sua fé. Os muçulmanos acreditam que seu filho Ismael ia ser morto, mas foi poupado por Deus.
Depois, os peregrinos caminham em direção a Meca para realizar a "tawaf", as sete voltas em torno da Caaba (construção cúbica que teria sido erguida por Abraão e Ismael e que abriga a pedra negra sagrada).