São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004

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ELEIÇÃO NOS EUA

Dados sobre doações às campanhas contestam retórica do partido

Poderosos financiam os democratas

DE NOVA YORK

A retórica de uma campanha sem vínculos com os "interesses especiais" das grandes corporações ou dos lobistas adotada pelos candidatos democratas à Presidência dos EUA é contestada pelos números.
A lista de doadores de John Kerry, senador de Massachusetts, traz nomes de executivos da Bolsa de Nova York e de uma empresa do setor de telecomunicações.
Vencedor nas duas prévias do partido realizadas até agora, Kerry, que acusa o presidente George W. Bush de privilegiar os ricos, tem dependido mais da ajuda de doadores abastados do que os outros pré-candidatos, com a exceção do senador John Edwards.
A porta-voz de Kerry, Stephanie Cutter, disse que essas contribuições não têm influência sobre o trabalho do candidato.
Com o mesmo discurso de mãos limpas, o senador pela Carolina do Norte John Edwards tem ao longo de sua carreira contribuições milionárias de associações de advogados e de lobistas em atividade no Congresso dos Estados Unidos.
A assessoria do candidato afirma que Edwards apenas recebe doações de ex-lobistas.
Analistas dizem que Kerry e Edwards, de fato, se apóiam nas doações de pessoas com mais recursos. Já candidatos como Howard Dean e o general da reserva Wesley Clark seriam menos dependentes desse tipo de contribuição. Isso não significa, porém, que as suas campanhas não acolham dinheiro de executivos ou de "insiders" do sistema político de Washington.

Pesquisas
Às vésperas das prévias democratas em sete Estados, uma pesquisa da CNN, em parceria com o "Los Angeles Times", mostra uma alternância na liderança entre Kerry e Edwards.
No Estado de Missouri, Kerry tem 37% das intenções de voto. Edwards aparece em segundo com 11%. Howard Dean está em terceiro lugar com 7%.
No Arizona, Kerry também lidera com 29% dos votos. O general Wesley Clark, na segunda colocação, aparece com 22%. Dean ocupa o terceiro lugar com 13% das intenções de voto.
Na Carolina do Sul, Edwards surge em primeiro lugar com 32% da preferência, Kerry tem 20% e Clark possui 8% dos votos. A pesquisa tem uma margem de erro de cinco pontos percentuais para cima ou para baixo.



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