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ELEIÇÃO NOS EUA
Dados sobre doações às campanhas contestam retórica do partido
Poderosos financiam os democratas
DE NOVA YORK
A retórica de uma campanha
sem vínculos com os "interesses
especiais" das grandes corporações ou dos lobistas adotada pelos
candidatos democratas à Presidência dos EUA é contestada pelos números.
A lista de doadores de John
Kerry, senador de Massachusetts,
traz nomes de executivos da Bolsa
de Nova York e de uma empresa
do setor de telecomunicações.
Vencedor nas duas prévias do
partido realizadas até agora,
Kerry, que acusa o presidente
George W. Bush de privilegiar os
ricos, tem dependido mais da ajuda de doadores abastados do que
os outros pré-candidatos, com a
exceção do senador John Edwards.
A porta-voz de Kerry, Stephanie
Cutter, disse que essas contribuições não têm influência sobre o
trabalho do candidato.
Com o mesmo discurso de
mãos limpas, o senador pela Carolina do Norte John Edwards
tem ao longo de sua carreira contribuições milionárias de associações de advogados e de lobistas
em atividade no Congresso dos
Estados Unidos.
A assessoria do candidato afirma que Edwards apenas recebe
doações de ex-lobistas.
Analistas dizem que Kerry e Edwards, de fato, se apóiam nas doações de pessoas com mais recursos. Já candidatos como Howard
Dean e o general da reserva Wesley Clark seriam menos dependentes desse tipo de contribuição.
Isso não significa, porém, que as
suas campanhas não acolham dinheiro de executivos ou de "insiders" do sistema político de Washington.
Pesquisas
Às vésperas das prévias democratas em sete Estados, uma pesquisa da CNN, em parceria com o
"Los Angeles Times", mostra
uma alternância na liderança entre Kerry e Edwards.
No Estado de Missouri, Kerry
tem 37% das intenções de voto.
Edwards aparece em segundo
com 11%. Howard Dean está em
terceiro lugar com 7%.
No Arizona, Kerry também lidera com 29% dos votos. O general Wesley Clark, na segunda colocação, aparece com 22%. Dean
ocupa o terceiro lugar com 13%
das intenções de voto.
Na Carolina do Sul, Edwards
surge em primeiro lugar com 32%
da preferência, Kerry tem 20% e
Clark possui 8% dos votos. A pesquisa tem uma margem de erro
de cinco pontos percentuais para
cima ou para baixo.
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