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RELIGIÃO
"France Soir" reproduz charge com profeta Muhammad que ofendeu muçulmanos; "Die Welt" defende "direito à blasfêmia"
Jornal francês amplia crise com islâmicos
DA REDAÇÃO
O jornal francês "France Soir"
publicou ontem uma charge sobre o profeta Muhammad, fundador do islamismo, que já havia
causado uma série de problemas
diplomáticos ao ser publicada pelo periódico dinamarquês
"Jyllands-Posten".
Já quando publicada na Dinamarca, a charge, considerada
ofensiva pelos muçulmanos -a
religião proíbe imagens do profeta, a fim de impedir a idolatria-,
provocou um boicote aos produtos dinamarqueses, protestos na
faixa de Gaza e diante da embaixada dinamarquesa em Ancara,
na Turquia, reclamações de ministros de países árabes, e a retirada, pela da Arábia Saudita, de seu
embaixador em Copenhague.
Além disso, a Dinamarca chamou ontem seu embaixador na
Síria de volta, após o prédio de sua
representação diplomática em
Damasco haver recebido uma
ameaça de bomba.
Apesar dos protestos, o "France
Soir" publicou a charge de Muhammad numa página encabeçada pela frase: "Sim, nós temos o
direito de caricaturar Deus".
O jornal francês dedicou duas
páginas à charge do periódico dinamarquês. Em uma delas estava
texto do editor, Serge Faubert,
afirmando que "chega das lições
desses fanáticos! Não há nada
nessas charges com conteúdo racista ou que denigram alguma comunidade".
O jornal alemão "Die Welt"
também publicou parte da charge
-composta de 12 quadros-,
afirmando que o "direito à blasfêmia" é fundamentado nas liberdades democráticas.
Na Dinamarca, o editor do
"Jyllands-Posten" afirmou que
"as ditaduras negras venceram",
em referência à onda de protestos
contra as charges de Muhammad.
O jornal chegou a se desculpar
por haver ofendido os muçulmanos, mas não pela publicação das
figuras.
Com agências internacionais
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