SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Comércio iraquiano, Abdel Falah al Sudani, virá ao Brasil no dia 12 de fevereiro para negociar a compra de 10 mil carros que serão usados como táxis no Iraque e acertar os detalhes da abertura de um escritório de representação comercial em São Paulo, segundo a Folha apurou.
De acordo com Jala Chaya, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque, a visita de Al Sudani decorre de uma proposta feita em 2005, quando o governo brasileiro ofereceu financiar a compra de automóveis. Bagdá quer veículos de quatro portas e com motorização 1.8 ou 2.0, que serão revendidos aos taxistas locais.
A escolha do Brasil para renovar a frota de táxis se explica pelo fato de já existir no Iraque uma grande quantidade de carros brasileiros, exportados nos anos 80.
Al Sudani busca também aumentar as importações brasileiras de açúcar, alimentos e material escolar. "O Iraque é um país em reconstrução, precisa de tudo", disse Chaya à Folha.
Segundo dados oficiais, as vendas do Brasil ao Iraque alcançaram US$ 220 milhões em 2007 e representam o melhor resultado desde 1990, quando a ONU impôs um embargo comercial que vigorou até 2003.
No plano diplomático, o Iraque pretende enviar um embaixador a Brasília, onde a representação é atualmente chefiada por um encarregado de negócios. O Brasil mantém um núcleo de assuntos iraquianos na embaixada em Amã, na Jordânia.


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