São Paulo, quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011

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REVOLTA ÁRABE

Após protestos, ditador promete sair, mas não já

Mubarak cede após pressão de aliado EUA e de 250 mil no centro do Cairo

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Após a maior manifestação até aqui pela queda de Hosni Mubarak, 82, que reuniu 250 mil pessoas, o ditador egípcio foi ontem à TV anunciar que não será candidato à reeleição. Prometeu antecipar o pleito, previsto para setembro.
A decisão veio após intensa pressão dos EUA, maior aliado de Mubarak. Na praça Tahrir, centro dos protestos no Cairo, milhares comemoraram o anúncio do presidente, no poder desde 1981. Prometeram, no entanto, manter os protestos, para que saia já.
Mubarak nada disse sobre possível candidatura de seu filho e herdeiro político, Gamal. O oposicionista Mohamed ElBaradei e líderes da Irmandade Muçulmana denunciaram o gesto como uma manobra.
Já o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse que poderá concorrer na eleição.
A onda de revolta no mundo árabe fez com que o rei da Jordânia, Abdullah 2º, dissolvesse seu governo.


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