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Novo ataque de Israel mata 61 palestinos
Presidente da ANP diz que ofensiva contra Gaza "é pior que Holocausto"; 2 soldados israelenses foram mortos em combates
Mahmoud Abbas suspende diálogo com israelenses e pede reunião da ONU; Israel decide hoje ofensiva ampla contra foguetes do Hamas
DA REDAÇÃO
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina),
Mahmoud Abbas, qualificou de
"mais grave que o Holocausto"
a ofensiva militar israelense na
faixa de Gaza, que, ontem, causou a morte de pelo menos 61
pessoas, incluindo pelo menos
29 civis, dos quais cinco crianças, de acordo com o jornal israelense Haaretz. Os feridos
passam de cem.
Respondia, assim, ao vice-ministro israelense da Defesa,
Matan Vilnai. Na sexta-feira,
ele disse que mísseis lançados
de Gaza contra Israel vão forçar
uma "shoah", uma grande catástrofe, um Holocausto.
Abbas suspendeu, ontem à
noite, a participação da ANP
nas negociações com o governo
israelense para o "acordo final"
entre os dois lados prometido
na Cúpula de Annapolis, nos
EUA, há quatro meses. O diálogo já não avançava por causa da
situação em Gaza e da resistência de Israel a desocupar suas
colônias na Cisjordânia.
Ontem, o vice-ministro Vilnai afirmou que, se não cessam
os ataques de foguetes vindos
de Gaza -território controlado
pelo grupo extremista Hamas
desde junho de 2007-, aumentam as opções de uma ação ainda mais ampla. Hoje, o gabinete
do primeiro-ministro de Israel,
Ehud Olmert, analisa lançar
uma operação terrestre em
grande escala.
O Exército de Israel, desde
quarta-feira, ataca a faixa de
Gaza. Desde então, os mortos
somam pelo menos 92. Na madrugada ontem, os militares
lançaram uma ofensiva terrestre "limitada" no norte de Gaza.
Dos 61 mortos ontem, 30
eram eram milicianos de diversas organizações armadas, disse o chefe dos serviços de urgência do Ministério da Saúde
de Gaza, Moawiya Hasanín.
Dois soldados israelenses foram mortos no norte da faixa
de Gaza, informou o Exército.
Reações
O presidente da ANP, rival do
Hamas, pediu, em um comunicado, que os grupos armados
não disparem mais mísseis
contra Israel: essas ações "não
ajudam a pôr fim no sofrimento
de nosso povo", disse.
"É do mais alto interesse do
povo palestino não dar a Israel
nenhum pretexto para continuar suas agressões", disse Abbas, que pediu ao Conselho de
Segurança da ONU que comvoque uma reunião urgente.
"As ações de Israel em Gaza
são o real Holocausto", disse
Khaled Mashaal, líder do Hamas exilado na Síria.
Para o principal negociador
palestino com Israel, Ahmed
Qurea, o que ocorreu na faixa
de Gaza foram "massacres", cujo "objetivo é fazer desandar o
processo de paz".
Com agências internacionais
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