São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2008

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Governista critica Brasil "unilateral"

DE BUENOS AIRES

Com 1,80m, a ex-jogadora de basquete e ex-ministra da Educação do Paraguai Blanca Ovelar, 50, impressiona. Mas, segundo as pesquisas, ocupa o terceiro lugar nas intenções de voto para as eleições presidenciais paraguaias do próximo dia 20.
Em visita a Buenos Aires, a primeira candidata mulher à Presidência do Paraguai contou à Folha que, se for eleita, pretende formar "imediatamente" uma comissão técnica para avaliar o Tratado de Itaipu. A empresa é binacional, mas os paraguaios vendem a maior parte da energia a que têm direito ao Brasil. O candidato Lugo quer rever o preço pago pelo vizinho.
"Cada um apresenta uma versão. Como não sou técnica, quero especialistas que me digam a verdade", afirma Blanca. "Com esse estudo, podemos fazer uma revisão do acordo." Para isso, diz que conta com a boa vontade do presidente Lula para tratar "dessa histórica unilateralidade do Brasil".
Blanca Ovelar pretende tratar a corrupção com medidas institucionais. "Mas acredito que a percepção da corrupção é maior do que ela realmente é", diz a candidata, afirmando que o governo do atual presidente, Nicanor Duarte, de quem foi ministra, implantou políticas para resolver o problema e, ainda assim, é visto como mais corrupto do que outros mandatários.
Tanto Ovelar quanto Duarte são do Partido Colorado, que tem o controle do país há 61 anos. "É um partido tradicional, mas que tem mostrado grande capacidade de renovação."
O encontro com a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ontem, era sobre assuntos bilaterais, mas também porque Cristina é a segunda presidente mulher da América do Sul. "E logo posso ser a terceira", diz Ovelar. Mas, na hora de citar a líder com quem mais se identifica, não aparecem Cristina ou Michelle Bachelet, mas a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf. "Estive em sua posse. Sua história é admirável." (A.K.)


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