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Voo vazio reflete baque no turismo
DA ENVIADA À CIDADE DO MÉXICO
O Boieng 777 da AeroMexico que partiu anteontem de São Paulo com destino à capital mexicana era
um termômetro do impacto da crise provocada pela
nova gripe A(H1N1), que
vinha sendo chamada de
"gripe suína", para a indústria turística do país:
cem passageiros -menos
da metade da quase lotação esperada para uma
véspera de feriado (280
pessoas) e pouquíssimos
brasileiros.
Uma delas era Paula Oliveira, que voltava das férias no Brasil para a Cidade do México, onde vive há
11 anos. "Nem pensei em
adiar a passagem. Disse a
minha mãe que não se
preocupasse, que estou
me cuidando e que quem
corre mais riscos é quem
anda de metrô", afirmou.
Para ela, que não usava
máscaras cirúrgicas ontem, as notícias veiculadas
sobre a doença são um
exagero.
No voo, chamou atenção
o fato de, apesar dos alertas da OMS (Organização
Mundial de Saúde) e das
recomendações da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a tripulação da AeroMexico não ter
mencionado o surto da nova gripe no México nem
ter reforçado as instruções, algumas divulgadas
desde a semana passada
(lavar sempre as mãos,
usar máscaras, evitar locais com grande aglomeração de pessoas etc).
Questionado o motivo
pelo qual só uma aeromoça usava máscara, um comissário afirmou que as
medidas de proteção eram
uma questão "pessoal".
No desembarque, não
houve também movimento para explicar aos visitantes as regras de exceção
da cidade em vigor na cidade, sem restaurantes ou
cinema, além da recomendação do uso de máscaras.
À disposição, havia apenas folhetos sem nenhuma informação específica
sobre como encontrar ajuda em caso de suspeita de
contaminação na Cidade
do México.
A situação era distinta
com os passageiros que
tentavam deixar o país,
que eram submetido à
avaliação médica e medição de temperatura.
(FM)
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