São Paulo, segunda-feira, 02 de maio de 2011 |
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Três embaixadas estrangeiras são queimadas na Líbia Ataque da Otan que teria matado familiares de Gaddafi provoca reação em Trípoli; ONU retira os funcionários Chancelaria russa diz suspeitar que ataque aéreo aliado tinha como objetivo assassinar o ditador e seus parentes DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Multidões leais ao ditador líbio Muammar Gaddafi incendiaram as embaixadas do Reino Unido, EUA e Itália em Trípoli ontem -um dia após o ataque da Otan que matou um filho e três netos do ditador, segundo o regime. O bombardeio aéreo contra a casa de Saif al Arab, chamado por autoridades líbias de "uma operação direta para assassinar" Gaddafi, deflagrou um clima de caos. A ONU retirou às pressas do país seus 12 funcionários, que haviam chegado a Trípoli no dia 10 de abril, após um acordo com Gaddafi, para avaliar a situação humanitária no país. Diplomatas britânicos, americanos e italianos já haviam deixado a Líbia há dias, mas o incêndio de suas embaixadas é considerado uma violação internacional. A reação britânica foi expulsar o embaixador líbio em Londres, Omar Jelban. "A Convenção de Viena exige que o regime de Gaddafi proteja as missões diplomáticas em Trípoli. Ao não fazê-lo, o regime mais uma vez violou as suas responsabilidades e obrigações internacionais", disse em nota o chanceler William Hague. O Reino Unido já havia expulsado cinco diplomatas líbios do país desde o início do conflito, alegando ameaça à segurança. Washington condenou o vandalismo e o governo italiano, ex-aliado de Gaddafi, entregou ao regime líbio, por meio da embaixada turca, um comunicado classificando o incêndio como uma ação "grave e covarde". O governo líbio lamentou os ataques. Disse que sua polícia não foi capaz de impedir os manifestantes e que irá consertar os estragos. RÚSSIA O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou suspeitar que o bombardeio da Otan visava ao assassinato do ditador líbio. "Temos sérias dúvidas sobre comunicados de membros da coalizão afirmando que os ataques na Líbia não pretendiam eliminar fisicamente Gaddafi e sua família", disse a pasta em nota. A Otan disse que não bombardeia indivíduos. Segundo o governo, o ataque da noite de anteontem matou o filho mais novo de Gaddafi, Saif al Arab, 29, e seus netos Saif, 2, Carthage, 2, e Mastura, de 4 meses. Ontem, forças do ditador voltaram a bombardear o porto rebelde de Misrata. Texto Anterior: Pesquisa: Gregos defendem privatizações para tirar país da crise Próximo Texto: Farc: Hugo Chávez extradita membro para Colômbia Índice | Comunicar Erros |
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