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Nova geração nos assentamentos acirra confronto
DO "FINANCIAL TIMES", EM MAOZ
ESTHER
Daniel Landesberg está reconstruindo sua casa em
Maoz Esther, um pequeno
assentamento judaico bem
no interior da Cisjordânia.
Quando concluir o trabalho,
em tempo para o seu casamento marcado para este
mês, a estrutura de madeira
terá três cômodos, eletricidade e uma bela vista das colinas da Judeia.
Cada prego que Landesberg, 20, martela nas vigas de
madeira áspera é mais um
golpe contra os planos de Barack Obama, a quem ele só se
refere pelo seu segundo nome, Hussein, para uma nova
paz no Oriente Médio.
Uma ala extremista do
movimento de colonização
vai além da expansão constante para tornar impossível
a vida dos aldeões palestinos
-com atos de violência e
destruição de plantações.
Até o momento, a pressão
dos EUA não obteve resultados concretos. Mesmo as
ações do governo israelense
contra os assentamentos irregulares parecem fúteis.
Menos de duas semanas
atrás, o Exército e a polícia
de Israel foram a Maoz Esther bem cedo pela manhã,
expulsaram os colonos e derrubaram suas edificações.
Mas, como em muitas ocasiões no passado, os colonos
retornaram horas mais tarde
e recomeçaram a construir.
Ninguém lhes disse que não
voltassem, diz Landesberg.
Animados por uma crença
de que Deus deu a terra de Israel apenas aos judeus, os jovens colonos dos assentamentos se veem como a vanguarda de um movimento.
Mais agressivos que a geração precedente de colonos,
que ocasionalmente reluta
em desafiar o governo, eles
desempenham papel crucial
na defesa da empreitada de
colonização como um todo.
O jogo de gato e rato entre
os jovens colonos e o governo, a constante evacuação e
reconstrução de assentamentos, mantém a atenção
do Estado afastada das colônias de maior porte. "É como
no futebol, o ataque é a melhor defesa", diz Landesberg.
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